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Duelo de opostos e inédito: Bahia e Jacuipense farão final do Baianão

O Campeonato Baiano terá, mais uma vez, uma final inédita. Bahia e Jacuipense carimbaram seus passaportes neste fim de semana, após eliminarem, respectivamente, Itabuna e Juazeirense. Será o retorno do Esquadrão à decisão do estadual após um hiato de dois anos. Já o Leão do Sisal vai em busca do troféu pela segunda vez seguida.

As partidas da final estão programadas para os dias 2 e 9 de abril, ainda sem horário definido. Mas é possível que os jogos sejam antecipados para o próximo domingo e 2 de abril, já que o Esquadrão está eliminado da Copa do Nordeste.

O tricolor, aliás, terá a vantagem de decidir o título em casa, por ter a melhor campanha no geral. São oito triunfos e três derrotas, somando a fase de grupos e as semis – um total de 24 pontos. Já o Jacuipense tem sete vitórias, dois empates e duas derrotas, contabilizando 23 pontos.

Com isso, a ida deve ser disputada no Valfredão. A partida marcará o terceiro encontro das equipes no ano. Bahia e Jacuipense já tinham medido forças na temporada no próprio Baianão, ainda na fase de grupos, e na primeira fase da Copa do Brasil. O Esquadrão se deu melhor nas duas vezes: ganhou por 1×0 no estadual e 4×1 no mata-mata nacional.

A final, além de inédita, será um duelo de opostos. De um lado, o Bahia é o maior campeão do Baianão. O clube tem nada menos que 49 títulos conquistados – o mais recente veio na última final que disputou, em 2020.

Do outro lado, está o Jacuipense, que ainda sonha com o primeiro troféu. No ano passado, o Leão do Sisal decidiu o estadual contra o Atlético de Alagoinhas. No primeiro jogo, no Carneirão, empatou em 1×1. Mas foi derrotado por 2×0 em casa, no Valfredão, e viu o Carcará se tornar bicampeão.

Os jogos
Como havia perdido o jogo de ida por 1×0, o Bahia precisava vencer o Itabuna por pelo menos dois gols de diferença para avançar de forma direta. Fez mais do que isso: goleou por 4×1 no sábado (19), na Arena Fonte Nova.

O Esquadrão controlou o jogo, pressionou e foi beneficiado pela marcação de um pênalti que não existiu. Após cruzamento de Biel, Jacaré chutou forte e a bola bateu na perna do lateral esquerdo Elivelton. Mas o árbitro Bruno Pereira Vasconcelos assinalou toque de mão na área. Everaldo converteu e abriu o placar, aos 13 minutos.

Os outros gols saíram na etapa final. Aos seis minutos, uma jogada ensaiada em cobrança de falta terminou com gol de cabeça de Cauly. Dois minutos depois, Everaldo apareceu para tocar de primeira e fazer o 3×0.

O Itabuna descontou aos 31 minutos, depois que Jacaré fez falta em Cesinha na área e a arbitragem marcou pênalti. O meia Daniel reclamou e recebeu o segundo cartão amarelo, sendo expulso. Na sequência, o próprio Cesinha cobrou e diminuiu o placar: 3×1. Mas o Azulão do Sertão mal teve tempo de aproveitar a superioridade numérica: cinco minutos depois, Hebert recebeu o vermelho, pelo mesmo motivo.

O placar foi selado aos 40 minutos. Cauly recebeu belo lançamento de Acevedo, entrou na área e chutou na saída do goleiro Thiago Passos. No fim, Jan Pieter também foi expulso, por falta dura em Cauly.

Neste domingo (19), foi a vez do Jacuipense garantir sua classificação à final. O Leão do Sisal já havia ganhado o primeiro jogo por 1×0, e jogava pelo empate. Mas tornou a vencer, dessa vez por 3×0, na Arena Valfredão, em Riachão do Jacuípe. Thiaguinho abriu o placar aos 23 minutos do primeiro tempo, em uma bela cobrança de falta, sem dar chances ao goleiro Gleibson.

Aos 27 minutos da etapa final, o Cancão de Fogo, que precisava reverter o agregado, ficou em situação ainda mais complicada: Dadinha recebeu cartão amarelo, Jamerson se irritou com o árbitro e acabou sendo expulso na confusão. Ainda assim, ficou em cima e certou o travessão em cobrança de falta de Neto Baiano.

Mas, com um homem a mais, o Jacuipense conseguiu aproveitar a vantagem numérica. Ampliou aos 36, quando Welder pegou rebote do goleiro Gleibson. Já nos acréscimos, Raphinha acertou um chute de muito longe e marcou um golaço, selando o placar.

Correio

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