Copa do Brasil já teve participação de 13 times baianos; relembre
Os cinco times baianos presentes na Copa do Brasil 2023 vão iniciar suas respectivas trajetórias na próxima semana. Todos jogarão no mesmo dia, na quarta-feira (1º), com direito a um confronto entre conterrâneos: Jacuipense x Bahia. É a primeira vez que a competição terá um duelo entre duas equipes do estado. A partida, com mando do Leão do Sisal, será em Pituaçu, às 21h30.
Antes, o Vitória entra em campo às 15h30, quando visita o Nova Iguaçu (RJ) no estádio Laranjão. Em seguida, o Bahia de Feira recebe o Red Bull Bragantino na Arena Cajueiro às 19h, mesmo horário de Atlético de Alagoinhas x Atlético Goianiense, no Carneirão.
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A Copa do Brasil, aliás, já teve a participação de 13 times baianos em suas 35 edições – incluindo a atual. O recordista do estado é o Vitória, que vai para sua 34ª disputa. O Leão só ficou de fora em 1992.
O rubro-negro é também o baiano que chegou mais longe: foi vice-campeão em 2010. Na decisão, o Santos abriu 2×0 na partida de ida, com gols de Neymar e Marquinhos, na Vila Belmiro. Na volta, o Leão fez 2×1 no Barradão – Edu Dracena abriu o placar, e Wallace e Júnior viraram no segundo tempo -, mas não foi o suficiente para ficar com a taça.
O Bahia é o segundo time do estado com mais participações: esta será a 32ª. Não esteve na competição apenas três vezes: em 1991, 1993 e 2004.
A melhor campanha do Esquadrão é até as quartas de final, fase que alcançou sete vezes. A última, em 2019, quando caiu para o Grêmio. O primeiro encontro, no Rio Grande do Sul, terminou empatado em 1×1 – Everton Cebolinha fez o primeiro, e Gilberto igualou para o tricolor baiano. Na volta, Alisson frustrou a maioria dos 46.663 torcedores presentes na Arena Fonte Nova (na época o recorde de público do estádio em jogos entre clubes).
Foi a terceira vez que o Bahia foi eliminado pelo Grêmio nas quartas de final da Copa do Brasil. A primeira ocorreu em 1989 (dois triunfos gaúchos por 2×0 e 1×0) e depois, em 2012 (com 2×1 e 2×0). As outras quedas nesta etapa da competição foram para o Flamengo, em 1990 (1×1 e 0x1); Juventude, em 1999 (2×2 e 2×2; 1×4 nos pênaltis); Atlético-MG, em 2002 (1×2 e 4×3); e Palmeiras, em 2018 (0x0 e 0x1).
Cinco participações
O Bahia de Feira, por sua vez, vai para sua 5ª participação, se igualando ao Vitória da Conquista como times do interior baiano com mais presenças no mata-mata nacional. O plano do Tremendão é ultrapassar a 2ª fase, etapa que alcançou duas vezes: em 2012 (eliminado pelo São Paulo, por 5×2) e em 2020 (pelo Paraná, por 3×2).
A equipe de Feira de Santana também disputou a Copa do Brasil em 2014 e 2022, mas deixou as duas após perder o primeiro jogo – 2×0 para o Corinthians e 5×2 para o Coritiba, respectivamente.
O Vitória da Conquista também tem como sua melhor campanha a 2ª fase, em 2016. Depois de passar pelo Náutico, com empates em 0x0 e 1×1, o Bode foi derrotado pelo Santa Cruz, por 2×0. Já nos outros quatro anos, o time deixou a competição na 1ª fase: em 2013, para o Sport (0x3 no agregado); em 2015, para o Palmeiras (1×4); em 2017, para o Coritiba (1×1); e em 2018, para o Boa Esporte (0x0) – os últimos dois, com vantagem do empate do visitante.
Quatro participações
Já o Atlético de Alagoinhas vai para sua quarta Copa do Brasil e, até aqui, foi eliminado todas as vezes na 1ª fase. Em 2020, caiu para o Botafogo-PB (0x0). Em 2021, para o Vila Nova (0x3). E no ano passado, para o CSA (1×1).
Outro time com quatro participações no torneio é a Juazeirense. É também o time do interior da Bahia que foi mais longe, com uma campanha surpreendente em 2021, quando eliminou três adversários e alcançou as oitavas de final. O Fluminense de Feira também chegou à mesma etapa 30 anos antes, mas a Copa do Brasil tinha formato diferente – e o Touro do Sertão só enfrentou dois adversários.
A campanha do Cancão de Fogo foi impressionante, derrotando o Sport (3×2), Volta Redonda (3×3; 4×2 nos pênaltis) e Cruzeiro (0x1 e 1×0; 3×2 nos pênaltis) em sequência. O rival seguinte foi o Santos, que abriu 4×0 na Vila Belmiro. A Juazeirense ainda venceu no Adauto Moraes por 2×0, gols de Ian e Thauan, mas não foi o suficiente.
No ano passado, a equipe de Juazeiro também surpreendeu ao bater o Vasco na 2ª fase. Depois de eliminar o Grêmio Anápolis na estreia, com 1×1 fora de casa, o Cancão venceu o cruz-maltino nos pênaltis por 4×2 após empate de 1×1. Na 3ª fase, perdeu duas vezes para o Palmeiras, ambas por 2×1.
A Juazeirense também disputou a Copa do Brasil em 2016 (eliminou o Cuiabá nos pênaltis, na estreia, e foi eliminado pelo Botafogo na 2ª fase) e em 2019 (caiu para o Vasco após empate por 2×2 na estreia).
Três participações
O Fluminense de Feira, como citado acima, também chegou às oitavas de final em 1991, mas em um formato diferente da competição. Depois de bater o Goiânia na estreia, com empate em 1×1 fora de casa e vitória por 1×0 no Joia da Princesa, o Touro do Sertão enfrentou o Grêmio na sequência e sucumbiu. Foram duas derrotas: 1×0 como mandante e 2×0 como visitante.
O tricolor de Feira de Santana participou da Copa do Brasil outras duas vezes. Em 2003, em sua estreia, caiu para o Fluminense do Rio na primeira fase, depois de empate em 1×1 e revés por 4×0. Já em 2018, alcançou a 2ª fase após vitória por 2×0 sobre o Santa Cruz e perdeu para o Náutico por 1×0.
Duas participações
Vice-campeão baiano em 2022, o Jacuipense está prestes a disputar sua segunda edição da Copa do Brasil. A primeira foi em 2015, quando chegou até a 2ª fase. A estreia teve derrota para o Paraná em casa na ida, por 1×0, mas o Leão do Sisal devolveu o placar na volta e ainda superou o adversário nos pênaltis, por: 5×4. No confronto seguinte, o time baiano caiu para o Náutico, por 2×0.
O Juazeiro também esteve no torneio duas vezes, mas nunca saiu da 1ª fase. Em 2002, foi eliminado pelo Confiança, depois de empate em 1×1 e goleada por 4×1. Em 2014, perdeu para o Tupi por 2×0.
Uma única vez
Quatro times baianos só tiveram uma oportunidade de jogarem a Copa do Brasil. O Camaçari começou bem a edição de 1999, quando bateu o Paraná na 1ª fase – ganhou de 2×0 na ida e perdeu de 2×1 na volta. Na sequência, não conseguiu superar o Internacional e, depois de empate em 0x0 em casa, no estádio Armando Oliveira (que na época era chamado Waldeck Ornelas), foi derrotado por 1×0 no Beira-Rio.
O Poções, tecnicamente, também tem como melhor campanha a 2ª fase. Mas a equipe entrou direto nesta etapa na única Copa do Brasil que disputou, em 2000. Acabou goleada por 5×1 pelo Coritiba, no estádio Lomanto Júnior, em Vitória da Conquista.
Já o Catuense estreou bem na edição de 2004, com vitória por 4×2 sobre o Atlético-MG no estádio Antônio Pena, em Catu. Só que, na volta, foi goleado por 5×1 no Mineirão. O Galo também foi o algoz do Colo Colo em 2007, batendo o rival baiano por 3×1 no Mário Pessoa, em Ilhéus. Na época, se o visitante vencesse fora de casa, não havia jogo de volta.
Participações dos times baianos na Copa do Brasil:
Vitória – 34 participações (incluindo 2023) – melhor campanha: vice-campeonato (2010)
Bahia – 32 participações (incluindo 2023) – melhor campanha: quartas de final (7 vezes: 1989, 1990, 1999, 2002, 2012, 2018 e 2019)
Bahia de Feira – 5 participações (incluindo 2023) – melhor campanha: 2ª fase (2012 e 2020)
Vitória da Conquista – 5 participações – melhor campanha: 2ª fase (2016)
Atlético de Alagoinhas – 4 participações (incluindo 2023) – melhor campanha: 1ª fase (2020, 2021 e 2022)
Juazeirense – 4 participações – melhor campanha: oitavas de final (2021)
Fluminense de Feira – 3 participações – melhor campanha: oitavas de final (1990)
Jacuipense – 2 participações (incluindo 2023) – melhor campanha: 2ª fase (2015)
Juazeiro – 2 participações – melhor campanha: 1ª fase (2002 e 2014)
Camaçari – 1 participação – melhor campanha: 2ª fase (1999)
Catuense – 1 participação – melhor campanha: 1ª fase (2004)
Colo Colo – 1 participação – melhor campanha: 1ª fase (2007)
Poções – 1 participação – melhor campanha: 2ª fase (2000)*
*Entrou direto na 2ª fase
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