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Presidente da Câmara reforça renovação de fé na Festa do Bonfim

A Câmara Municipal de Salvador voltou a marcar presença na Festa do Senhor do Bonfim, depois de dois anos fora do calendário da cidade pela pandemia de Covid-19. Na manhã desta quinta-feira (12), o presidente da Casa, vereador Carlos Muniz (PTB), esteve presente ao ato inter-religioso na Basílica de Nossa Senhora da Conceição da Praia, no Comércio, acompanhado de colegas vereadores e de autoridades, como o prefeito Bruno Reis e o governador Jerônimo Rodrigues. O ato antecedeu a saída do cortejo rumo à Colina Sagrada, no Bonfim.

Este ano, segundo a Arquidiocese de São Salvador da Bahia, o tema escolhido foi “Há 100 anos cantando: ‘Glória a Ti neste dia de glória’”. Nesse clima, o percurso de cerca de oito quilômetros voltou a movimentar as ruas da Cidade Baixa, reunindo milhares de baianos e turistas na 8ª Caminhada “Lavagem de Corpo e Alma”, da Basílica Santuário Nossa Senhora da Conceição da Praia até a Colina Sagrada.

“O Bonfim é a festa religiosa pela qual eu tenho mais carinho. Nessa retomada dos festejos, a minha mensagem é de fé e esperança. Eu quero que o povo de Salvador tenha esperança porque dias melhores virão. Tenham certeza de que nós, na Câmara de Salvador, iremos trabalhar dia a dia para que isso aconteça”, disse o presidente Carlos Muniz.

O presidente do Legislativo Municipal falou também sobre os desafios da sua gestão que se iniciou em 2 de janeiro. Para 2023, ele traça como meta auxiliar a cidade a resolver um dos seus grandes problemas, a mobilidade urbana.

“Vamos trabalhar junto aos executivos Municipal e Estadual para que tomemos as melhores decisões e que Salvador tenha um transporte público de qualidade e não pague tão caro por isso”, afirmou Muniz. 

Há 278 anos, as homenagens ao Senhor do Bonfim marcam o calendário de festas populares da capital baiana. Na chegada do cortejo à Colina Sagrada, a programação segue. O reitor da Basílica Santuário Nosso Senhor do Bonfim, padre Edson Menezes da Silva, transmitirá uma mensagem, a partir da janela central da igreja, fará com os fiéis uma oração pela paz, dará bênçãos e apresentará a imagem do Senhor do Bonfim. Na sequência, segue a tradicional lavagem das escadarias da Basílica com banho de água de cheiro das baianas.

História

A Lavagem do Bonfim é o maior evento popular de Salvador antes do Carnaval. Conforme a Fundação Gregório de Mattos (FGM), organizadora da festa, a construção do santuário de peregrinação teve início no século XVIII com a vinda para a Bahia do capitão de mar e guerra Theodósio de Faria.

O capitão português trouxe de Lisboa uma imagem semelhante à venerada na cidade de Setúbal, como agradecimento por haver sobrevivido a uma tempestade em alto-mar, tendo prometido construir uma igreja no ponto mais alto que avistasse, de onde pudesse acompanhar a entrada da Baía de Todos os Santos.

A Basílica Santuário Nosso Senhor do Bonfim, de 1754, é o principal símbolo do sincretismo religioso da Bahia. A lavagem só teve início em 1773, quando os escravizados foram obrigados a lavar a igreja para a festa do Senhor do Bonfim que era realizada desde 1745 na igreja da Penha. Os adeptos do candomblé adotaram a lavagem como parte da cerimônia das Águas de Oxalá.

O ritual foi proibido pela igreja no interior do templo e a lavagem, com o banho de água de cheiro, foi transferida para as escadarias e o adro. 

Câmara Municipal de Salvador

FOTO: Reginaldo Ipê

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