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O Matuto: Agradando para não desagradar

“Olha que eu não gosto lá muito de sair da minha tranquila roça pra ir lá na capitá, primeiro que é pra atravessar o dique grande, depois os povo da cidade grande é tudo desconfiado e quer tudo ligeiro, tudo com muita pressa que não é de brincadeira, mais então a minha filha que agora é doutora na capitá veio passar os dias com eu e a minha Maria e agora inventou que nós vai com ela pra da uma voltinha na cidade grande.
Pois a tá da viagem já começou só pra atravessar o dique grande esperamos mas de 4 horas, pra entra no navio que demorou mais de hora pra chegar na capitá mais chegou, então fomos para casa dela que é uma em cima da outra, não tem quintal, nem varanda, tudo apertadinho, tem que subir dentro de uma gaiola, mais nois foi pra satisfazer a vontade da menina.
No outro dia ela resolveu levar nois para conhecer a cidade de carro, tudo parado, os carros tudo buzinando toda hora, uma zuada que não tem fim , levou também para três lugar que tem um bucado de loja junto que segundo ela é o tá de shopcenter, muito legal se não fosse o povo olhando um para o outro como se tivesse comendo um ao outro, uns homens vestido de palito e gravata atrás de você como tivesse lhe vigiando que nem os filmes são os tá segurança.
Apois não deu pra ficar par ver muita coisa nois teve que vortar para roça deu saudade da nossa vida pacata que também já não é mais assim tão pacata, pois tudo mudou, tudo tá mudado, mais então a vida na roça ainda nois pode chamar de vida, nois se conhece um ao outro e ainda se tem um pouco de respeito.”

Visão Cidade

(Foto: internet)

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