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Nova reunião discute urbanização da comunidade Pé Preto  

Equipes da Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF) e moradores da comunidade de Pé Preto, no bairro de Santa Cruz, se reuniram em um novo encontro para discutir o projeto de urbanização do local. O encontro ocorreu na última quarta-feira (7), no campo de futebol Três Corações, na Avenida Nova República. 

Uma das pautas da reunião foram a necessidade de realização da selagem, um procedimento que consiste na identificação de cada imóvel com um selo na porta e de realização de um cadastro socioeconômico, com perguntas como número de pessoas por família, número de famílias que moram na mesma casa, número de filhos, renda, escolaridade, emprego e desemprego, entre outras. Na ocasião, foram apresentados os profissionais da FMLF que farão o procedimento.  

A próxima etapa será a realização do cadastro socioeconômico e vinculação de cada selo ao respectivo cadastro. Segundo a presidente da FMLF, Tânia Scofield, a expectativa é que o projeto seja concluído em seis meses para que então seja lançada a licitação da urbanização.  

A urbanização da comunidade de Pé Preto abrange uma poligonal com 7 mil m² e deve beneficiar pelo menos 300 famílias. As ações previstas envolvem a construção de um conjunto habitacional para os moradores, da praça homônima, do campo de futebol Três Corações e área de futevôlei, além da reconstrução da Escola Municipal Anita Barbuda. Trata-se de um projeto similar aos realizados na Comunidade Guerreira Zeferina (Periperi), Loteamento Mar Azul (Tubarão) e Mané Dendê (Ilha Amarela). 

Moradora do morro do Pé Preto há 14 anos e uma das fundadoras e líderes comunitárias do local, Mônica dos Santos, de 41 anos, comemorou a iniciativa. “Aqui muitas pessoas não têm esgotamento sanitário, têm que improvisar de diversas maneiras. Nós fizemos um improviso também para acesso a água, mas só cai de madrugada. As ligações elétricas são todas problemáticas. E esse projeto vem para mudar tudo isso. Eu estou muito feliz. Graças a Deus foi enviada essa equipe da Prefeitura para nos ajudar, e eu digo que daqui para frente é só vitória e alegria”, contou. 

Moradora há 22 anos, Maria de Lourdes de Jesus, 47, disse estar ansiosa para saber como será o projeto: “Nós estamos esperando para ver como vai ser, mas eu acredito que vai ficar muito bonito”. 

Segundo Tânia Scofield, o projeto vem para tirar as famílias que vivem hoje no Pé Preto das atuais condições de precariedade social, urbanística e econômica. “É um projeto superimportante que vem para dar dignidade a essas pessoas. É inacreditável que exista aqui dentro de Salvador, em Santa Cruz e Pituba, pessoas que vivam nessas condições de extrema precariedade. E o projeto vem para proporcionar uma grande transformação a todos que aqui vivem”. 

Em execução – Uma primeira reunião já havia sido realizada para informar, em linhas gerais, como será desenvolvido o projeto. Qualquer serviço só é feito no local após uma explicação prévia e escuta da opinião dos moradores. 

Dois dos equipamentos que fazem parte do projeto de urbanização da comunidade de Pé Preto já estão em obras. Uma delas é a Escola Municipal Anita Barbuda, que já foi demolida e será ampliada com investimento de R$8,5 milhões. No momento está sendo executado o serviço de fundação da instituição de ensino. 

A outra construção é a da praça homônima, com intervenções iniciadas em novembro deste ano e conclusão prevista para fevereiro. O equipamento de convivência e lazer terá uma área de 6,1 mil m² e tem investimento de R$1,8 milhão. O projeto integrado prevê melhorias no campo de futebol local, com recuperação de alambrados e de traves, pintura, serviços de terraplanagem e implantação de tela de proteção. 

Também está sendo construída uma nova quadra de areia para a prática de vôlei e futevôlei, parque infantil com diversos brinquedos para a criançada, estação de musculação e academia da saúde equipadas com simulador de caminhada triplo, rotação diagonal e vertical triplo, multiexercitador, remada sentada, esqui triplo e alongador com três alturas. 

A praça também contará com seis boxes para atividades comerciais, trechos em piso intertravado e em concreto, gramados e mudas de árvores, rampas de acessibilidade, sistema de drenagem, bancos e iluminação em LED.

SECOM

Foto: Otávio Santos/Secom 

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