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Ireuda Silva repudia situação das mulheres no Irã

A vereadora Ireuda Silva (Republicanos) repudiou o tratamento dado às mulheres pelo governo do Irã, que decidiu abolir a polícia da moralidade após três meses de protestos causados pela morte da curdo-iraniana Mahsa Amini, de 22 anos. Ela havia sido presa acusada de violar o código de vestimenta do país, que obriga o uso de véu.

A morte de Masha ergueu uma onda de protestos no país, principalmente, após a família alegar que ela foi espancada por agentes do governo. De acordo com a ONG Iran Human Rights (IHR), com sede na Noruega, ao menos 448 pessoas, incluindo 60 menores de idade e 29 mulheres, morreram na repressão das manifestações.

 “Já passou da hora de organismos internacionais se posicionarem com mais contundência sobre os abusos cometidos contra as mulheres nesses países. Respeito à diversidade cultural não é desculpa para ser conivente com agressões físicas e morais. Sem falar do feminicídio que assola aquele país”, acrescenta.

A realidade no Irã é mais complexa do que parece, sendo pior e mais opressora para as mulheres pobres, que são a maioria no país.

Na semana passada, Ireuda já havia se posicionado sobre a violação de direitos contra as mulheres no Catar, que sedia a Copa do Mundo. Lá, o feminicídio é o principal desafio enfrentado pelas mulheres, que ainda são tuteladas pelos maridos e precisam pedir permissão para estudar e trabalhar.

“Não podemos achar normal que uma sociedade trate a vida da mulher como se fosse algo sem valor. A realidade desses lugares também diz algo sobre nós, ainda que já tenhamos progredido em diversas frentes. Conhecer a realidade de outro país é importante para que saibamos exatamente o que conquistamos e o que ainda precisamos lutar para conseguir”, disse a vereadora.

A parlamentar destaca que é “lamentável que muitas sociedades ainda se conservem no primitivismo, relegando à mulher papéis de quando a humanidade vivia nas cavernas. Não é só uma questão de diferenças culturais, estamos falando de vidas humanas, e isso é inegociável”.

Câmara Municipal de Salvador

(Foto: VC)

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