”Jerônimo fracassou na Secretaria de Desenvolvimento Rural, quando extinguiu a EBDA, e fracassou na Secretaria de Educação”, diz ACM Neto
Candidato a governador destaca a participação de seu adversário do PT nos resultados negativos da Bahia em ensino e assistência ao pequeno produtor rural
O candidato a governador ACM Neto (União Brasil) lamentou nesta segunda-feira (10) o legado negativo deixado pelo PT na educação pública da Bahia após 16 anos no governo do estado, com participação direta de Jerônimo Rodrigues como secretário da pasta. Em entrevista à Eldorado FM, de Teixeira de Freitas, Neto lembrou também que o seu adversário já havia, antes, protagonizado o fim da assistência técnica aos agricultores familiares do estado, ao decretar a extinção da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA).
“Ele fracassou na Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), quando extinguiu a EBDA, e fracassou na Secretaria de Educação. A marca do trabalho dele na SDR foi a extinção da EBDA, uma empresa do governo do estado que dava apoio ao pequeno produtor com suporte técnico, orientação e qualificação técnica, além de realizar pesquisas para o desenvolvimento de novas tecnologias”, falou aos ouvintes da Eldorado FM.
Além disso, ACM Neto lembrou que hoje a Bahia só está à frente do Maranhão na Prova Brasil, que avalia o aprendizado dos alunos nas disciplinas mais básicas, como matemática e português: “É uma vergonha, esse é o legado deixado pelo PT da Bahia depois de 16 anos no poder. Com a responsabilidade direta daquele que foi testado e reprovado, aquele que fracassou na educação e na agricultura, o ex-secretário Jerônimo Rodrigues”.
“O mesmo ex-secretário que agora, imaginem só, chega para pedir o voto dos baianos para ser governador. Apenas e exclusivamente pela manutenção de um projeto de poder na Bahia que pode dar mais quatro anos àqueles que já tiveram tantas oportunidades e que foram perversos com as nossas crianças e com os nossos jovens”, condenou ACM Neto na entrevista.
Como contraponto, o candidato do União apresentou a proposta de implementar um novo modelo educacional no estado caso seja eleito. A estratégia combina tecnologia, ensino em tempo integral e valorização dos professores: “Será possível levar o ensino em tempo integral para toda a Bahia, e eu não vou ficar apenas nas grandes e médias cidades, vamos levar para a maior quantidade possível de municípios do interior do nosso estado, e não vai ser qualquer escola em tempo integral”, pontuou.
“A gente quer desenvolver um sistema educacional que vai trazer tecnologia e o que há de mais moderno em termos de educação com uso da informática, de conectividade para os alunos. Que vai introduzir, e aí está o ponto que eu acho o mais importante, os conceitos de empregabilidade e empreendedorismo. Ou seja, o aluno que estiver cursando o ensino médio da Bahia, terá acesso à qualificação profissional desde a escola”, salientou.
O candidato afirmou que no último ano, enquanto percorreu mais de 300 municípios do estado, pôde conversar com jovens de todas as idades. Para ele, o maior desafio é garantir uma educação de qualidade para que os alunos saiam do ensino médio com capacidade de ingressar em faculdades ou aplicar no mercado de trabalho os conhecimentos adquiridos.
Neto também condenou a perversidade da aprovação automática, estratégia usada pelo atual governo para inflar os números da educação. “Hoje, prevalece a lógica da aprovação automática. Chega no fim do ano, o estudante tem no boletim o carimbo de aprovado, mas isso não significa que ele aprendeu. É isso o que a gente vai ter que mudar no ensino médio do estado da Bahia”, afirmou.
Propostas para a agricultura
ACM Neto ponderou ainda que a atual gestão estadual falhou na execução de projetos que garantam acesso à água no semiárido e deixou de criar mecanismos de acesso a créditos direcionados aos pequenos produtores, assim como linhas de financiamento para a validação dos títulos das propriedades. “Nós temos um caminho enorme para avançar na agricultura familiar e garantir apoio ao pequeno agricultor”, disse.
Além disso, o ex-prefeito de Salvador defendeu ações para tirar a Bahia da posição de produtor de bens primários e se tornar, também, capaz de desenvolver a agroindústria. “É preciso ter um governador que vá buscar as empresas no Brasil e no exterior”, afirmou. “E também garantir a segurança jurídica para que as agroindústrias se instalem em nosso estado. Nós vamos construir as condições e a infraestrutura para que o empresário invista na Bahia, gerando empregos no campo através da agroindústria”, acrescentou.
Neto declarou que a geração de empregos será um dos focos prioritários em seu governo. “A Bahia hoje, infelizmente, ocupa o primeiro lugar em número de desempregados de todo o Brasil. O governo do estado assistiu passivamente isso acontecer. Caberá ao governador reagir e dar a resposta que os baianos precisam na geração de emprego, principalmente no interior. Principalmente para o homem do campo”, finalizou.
Ascom