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Últimos cinco gols que o Bahia levou foram de bola aérea

O segundo turno da Série B trouxe uma preocupação para o Bahia. Apesar de ter a terceira defesa menos vazada do campeonato, com 17 gols sofridos em 27 partidas, as bolas pelo alto têm causado insegurança no time.

Dos sete gols que o tricolor sofreu nesta segunda metade da Série B, cinco tiveram origem em bolas cruzadas na área. Na derrota para a Ponte Preta, por 2×0, quarta-feira, os dois gols foram de cabeça.

No primeiro, os laterais Marcinho e Luiz Henrique falharam na marcação e deixaram Wallisson com espaço para finalizar. No segundo, Lucca ficou sozinho na área após cobrança de escanteio.

A falta de segurança nas jogadas pelo alto já havia ficado evidente nos confrontos com Vasco e Londrina. Foi em uma jogada de escanteio que o time carioca abriu o placar na Fonte Nova. Na ocasião, o alvinegro contou com a trapalhada do goleiro Danilo Fernandes e o gol contra de Ricardo Goulart. No entanto, o Bahia virou para 2×1.

Contra os paranaenses, o empate por 1×1 teve gosto de derrota. O gol de cabeça de Gabriel Santos foi anotado aos 50 minutos do segundo tempo. Outra vez a jogada partiu de uma cobrança de escanteio em que o sistema defensivo falhou.

O Bahia também demonstrou a mesma ineficiência na derrota por 2×0 para o Sampaio Corrêa, em que o segundo gol foi marcado após falta cobrada na área. No primeiro lance a cabeçada bateu na trave, e na volta o volante André Luiz marcou.

Apesar dos erros envolverem todo o sistema defensivo, curiosamente em todos os jogos em que levou gol pelo alto o Bahia não contou com o zagueiro Luiz Otávio, jogador mais alto do elenco, 1,94 m. Lesionado, ele não enfrentará o Tombense amanhã, às 19h, na Fonte Nova. Ignácio (1,92 m) e Gabriel Xavier (1,90 m) formam o miolo de zaga.

Além de Luiz Otávio, a defesa tem outras baixas importantes. O goleiro Danilo Fernandes, com lesão no joelho, vai ser avaliado pelo departamento médico e não tem presença garantida. Já não enfrentou a Ponte Preta por isso e, se não voltar, Mateus Claus seguirá entre os titulares.

Na lateral esquerda, Matheus Bahia está machucado e Luiz Henrique foi suspenso pelo terceiro cartão amarelo. Sem outro jogador da posição no elenco, Enderson Moreira deve improvisar Marcinho, com André entrando na direita. O meia Lucas Mugni é outra opção, mais viável num esquema com três zagueiros – Didi entraria no setor e o argentino jogaria como ala, sem a mesma preocupação defensiva de um lateral.

“A gente não tem mais lateral [esquerdo]. Luiz Henrique está suspenso, Matheus Bahia está machucado. A gente lamenta muito, porque ficamos quase 12 dias para poder treinar. Já no jogo contra o Vasco, perdemos dois atletas. Hoje mais o Danilo. Agora a opção do Luiz para o próximo jogo… Mas a gente tem que pensar naquilo que tem que ser feito, da melhor forma possível, tentar ajustar a equipe para fazer um bom jogo no sábado”, disse Enderson ainda em Campinas, logo após a derrota para a Ponte.

Ele tem o tempo como inimigo. Por causa da viagem de volta a Salvador na quinta-feira, o único treino será feito hoje, na véspera da partida.

Correio

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