“O Comando da PM não tem isenção para apurar o assassinato do subtenente Alves”, diz ACM Neto
Após caminhada na Cidade Baixa nesta manhã, o candidato a governador pelo União Brasil afirmou que o comandante da PM mentiu ao dizer que o militar foi morto durante troca de tiros
Candidato ao Governo da Bahia pelo União Brasil, ACM Neto afirmou na manhã desta sexta-feira (30) que o assassinato do subtenente Alberto Alves dos Santos pode ter sido em consequência de motivação política e que o comando geral da Polícia Militar da Bahia não tem isenção para apurar o crime. “Pode haver motivação política, a suspeita é essa. A realidade é uma só: nós estamos sendo monitorados. A gente tinha informações, agora temos provas. E isso custou a vida de um pai de família, um policial exemplar”, disse o ex-prefeito de Salvador, antes de participar de uma caminhada que reuniu milhares de pessoas do Largo dos Mares até a igreja do Bonfim.
No final da tarde de ontem, a coligação Pra Mudar a Bahia ingressou com uma petição no Ministério da Justiça solicitando que a Polícia Federal investigue o caso. Os advogados da coligação anexaram à petição mensagens trocadas por policiais, em um grupo de WhatsApp, que revelam o monitoramento ilegal de carros utilizados na campanha de ACM Neto. Em um dos prints, os policiais informavam, inclusive, as placas de carros utilizados na campanha.
Alves, que nas horas de folga colaborava com a segurança da equipe de ACM Neto, foi morto a tiros por integrantes da própria Polícia Militar, em uma pousada de Itajuípe, no final da noite da última terça-feira (27). O sargento D’Almeida, que estava no mesmo quarto do subtenente e também foi atingido por tiros disparados por policiais, afirmou que Alves estava dormindo quando foi morto.
Na entrevista, Neto disse que somente a Polícia Federal tem capacidade para investir o crime. “O comandante da PM mentiu quando disse que houve troca de tiros. Não houve, é mentira. O governador deveria ter mandado prender os policiais envolvidos no assassinato. Se não o fez, é porque está querendo encobrir alguma coisa, não temos dúvida”, acrescentou.
“Pergunto: onde estão os policiais que executaram brutalmente um colega que não teve sequer a oportunidade de se defender? Estão presos? Tem muita coisa estranha nessa história e é por isso que nós demandamos o Ministério da Justiça. Queremos saber de onde partiu a ordem para monitorar dois carros que prestavam serviço à campanha e não tinham nenhum antecedente ou suspeita”.
Confiança – Pouco antes do início da caminhada, ACM Neto afirmou que está muito confiante na vitória. “Estou vendo que os baianos vão votar com fé, esperança e confiança naquele que está mais preparado para ser governador e que vai trabalhar com o presidente que os brasileiros escolherem”. Neto pediu também que os eleitores dos 417 municípios da Bahia votem com tranquilidade, paz e que todos se respeitem. “As divergências devem ficar apenas nas urnas”, disse.
Ascom