Torcida do Bahia quebra recorde de público e tricolor vence o CSA em casa
A torcida do Bahia não deu muita trela para o tempo feio que assolou Salvador neste sábado (6) e lotou a Fonte Nova para ver o Bahia enfrentar o CSA pela 22ª rodada da Série B. O tricolor tinha a oportunidade de chegar aos 40 pontos, tomar a vice-liderança do Grêmio e abrir 8 pontos do Tombense.
E o tricolor conseguiu. Mesmo fazendo dois tempos distintos, prevaleceu o placar de 1×0 graças ao gol de Igor Torres na primeira etapa. O tricolor chegou aos 40 pontos na Série B e fez a alegria dos mais de 45 mil torcedores que foram à Fonte Nova em dia de público recorde do Bahia no ano. Superou o jogo contra o Grêmio, quando 41.617 estiveram presentes.
Enderson Moreira veio com mudanças na escalação inicial. Daniel e Mugni voltaram de doença e suspensão, respectivamente. Eles formaram o meio do 4-3-3. A novidade da vez foi Igor Torres, que barrou o trio Jacaré, Davó e Raí para se juntar aos colombianos Copete e Rodallega no ataque.
Do outro lado, o CSA tinha vencido só um dos últimos 5 jogos que disputou na Série B e ocupava a famosa portaria do Z-4 na 16ª posição. Um velho conhecido do Bahia fez sua estreia e foi fundamental para a partida do tricolor no primeiro tempo: o lateral Jonathan, que com sua lentidão e conhecidas deficiências defensivas abriram o corredor que foi bombardeado pelo time de Enderson Moreira na primeira etapa.
Por ali, Matheus Bahia fazia combinações com Copete e Lucas Mugni para atacar o espaço deixado e tentar entrar na área. Faltava capricho na hora do tal último passe, tão presente nos clichês do futebol. Mas o espaço estava ali.
Numa dessas, Daniel, que fez ótimo primeiro tempo, quase abriu o placar. Mugni cruzou rasteiro para Rodallega, que foi travado e viu a bola sobrar para o camisa 10 encher o pé tirando tinta do gol de Marcelo Carné.
Daniel foi destaque no primeiro tempo. Talvez a sombra de Ricardo Goulart tenha deixado o meia mais atento: ele pediu bola, distribuiu e acelerou bem o jogo. Foi muito bem. Diferente de Igor Torres, que passou pelo menos 38 minutos errando tudo que tentava e não começou aproveitando bem a chance dada pelo treinador, que o revelou no Fortaleza.
Mas futebol é bicho traiçoeiro. Quebra prognósticos, queima línguas, inverte lógica. Quis ele que, depois de muito errar, Igor Torres acertasse uma. Talvez contaminado pelo ímpeto de Ignacio, que roubou bola no campo de ataque feito um trator e deixou para Igor Torres na intermediária. Ele se encheu de confiança e bateu seco, de fora da área, para abrir o placar.
Segundo tempo
Valentim abriu mão dos 3 zagueiros e colocou em campo Elton e Rogério. Aqueles mesmos. Estreando, Rogério criou a primeira grande chance do CSA logo em seus primeiros toques. Ele girou bem dentro da área e bateu com perigo. Luiz Otávio cortou.
O Bahia voltou mal para o segundo tempo, em ritmo muito mais baixo do que o apresentado na primeira etapa. Na contramão, o CSA conseguiu crescer. Alguns fatores explicam: Jonathan saiu para a entrada de Everton Silva e estancou a sangria do lado direito da defesa alagoana. Daniel não conseguiu manter a performance do primeiro tempo e o Bahia perdeu força.
Mesmo assim, o Bahia chegou ao segundo gol Copete após cobrança de escanteio. Ele estava impedido e o gol foi anulado.
A partir dos 30 minutos, o jogo foi esfriando. Mas a tensão do 1×0 no placar era inevitável e deixava a Fonte Nova apreensiva. Não faz um mês que o Bahia perdeu dois pontos preciosos nesse contexto contra um adversário alagoano ao empatar com o CRB. O 2×0 teimava em não vir: Jacaré parou em Carné. Rodallega tentou de letra e colocou pra fora.
O Bahia volta a campo na próxima terça-feira (9) para enfrentar o Sampaio Corrêa em São Luís do Maranhão. Na sexta-feira, o time volta a Salvador para receber o Ituano, na Fonte Nova.
(Correio)
(Foto: internet)