Audiência debate regulamentação da Psicologia no Brasil
A Procuradoria da Mulher da Câmara Municipal de Salvador debateu em audiência pública, no auditório do Centro de Cultura da Casa, na noite da última terça-feira (2), os 60 anos da regulamentação da profissão de psicólogo no Brasil. A Procuradoria da Mulher é comandada pelo mandato coletivo Pretas por Salvador (PSOL) e pela vereadora Maria Marighella (PT).
Conforme a vereadora Laina Crisóstomo, a audiência serviu para celebrar as seis décadas de regulamentação da profissão e também para reunir a categoria, os estudantes e os admiradores da Psicologia. A Lei de nº 4.119, que trata da regulamentação, entrou em vigor em 27 de agosto de 1962.
“Nesse dia tão especial, 2 de agosto, estamos nessa audiência pública em comemoração aos 60 anos da Psicologia, nesse evento potente que reúne não só o Conselho Regional de Psicologia da Bahia como o Conselho Federal de Psicologia. Essa profissão é fundamental nesse cenário que a gente tem visto de adoecimento, de transtorno de saúde mental, e a gente precisa cada vez mais potencializar esse espaço para fortalecer e para seguir na luta”, disse Laina.
Lutas
A vereadora Maria Marighella falou das “marcas sólidas” carregadas pela profissão. “A Psicologia é uma ciência e a profissão é comprometida com as lutas e as transformações sociais do país, guiada pelo compromisso de um fazer científico, ético e político. É sob essas premissas que a Psicologia completa 60 anos de regulamentação no Brasil”, afirmou.
A atividade serviu para homenagear profissionais e instituições da área da Psicologia de Salvador, bem como de diferentes regiões da Bahia. Segundo dados da entidade de classe, são mais de 424 mil profissionais no Brasil e 21.016 na Bahia. Os profissionais atuam na assistência social, na educação, nos hospitais, no Sistema de Justiça, dentre outros campos.
A conselheira-presidente do Conselho Regional de Psicologia da Bahia (CRP 03 BA), Iara Maria Alves, fez agradecimentos pela data e abordou os cinco principais pontos destacados como positivos pelos psicólogos, assim como os negativos.
“O agradecimento é muito importante: pelos 60 anos da Psicologia, por uma luta constante trabalhando com direitos humanos, com a ética, o respeito ao outro, lutando pelas desigualdades sociais desse país. Quero agradecer a todos que estão aqui nesse momento, porque quem faz a psicologia somos nós, no dia a dia, essa é a Psicologia de fato”, discursou Iara.
O presidente da Comissão de Ética do CRP-03, Washington Luan Gonçalves, falou do papel da Psicologia levando em consideração a importância dos direitos humanos, além da representatividade da comunidade LGBTQIAP+, dos negros e negras e da população mais vulnerável, bem como a necessidade na luta antimanicomial em todo o país.
Mesa
Além dos citados, também participaram do debate, compondo a mesa de trabalho, a presidente do Conselho Federal de Psicologia, Ana Sandra Fernandes, a representante da Federação Nacional dos Psicólogos (FENAPSI), Iana Oliveira da Silva, a psicóloga e representante da ONG Tamo Juntas, Karine de Souza, e o pedagogo, usuário do Sistema de Saúde Mental e Delegado da Conferência Estadual de Saúde Mental, Gilmário Reis.
Câmara Municipal de Salvador
(Foto: Visão Cidade)