Alerta Salvador promove capacitação sobre violência doméstica em Valéria
O Alerta Salvador, programa vinculado à Secretaria Municipal para Mulheres, Infância e Juventude (SPMJ), prossegue com a série de capacitações sobre o combate à violência contra a mulher. Na quarta-feira (13), a temática “Erradicação da Violência Doméstica Contra a Mulher” foi debatida no Espaço Boca de Brasa, situado no Centro de Artes e Esportes Unificados (CEU) de Valéria.
A atividade teve como intuito alertar a população e divulgar a importância de a mulher perceber em sua vida a situação de violência doméstica e buscar ajuda. Durante o encontro foram apresentados conteúdos sobre gêneros, tipos de violência doméstica, Lei Maria da Penha e as funcionalidades dos Centros de Referência do município.
“Discutir sobre a erradicação da violência doméstica contra a mulher é desconstruir um paradigma cultural que assola a população feminina. Nós sabemos que esse problema está presente em todos os espaços, então, precisamos ser multiplicadores da informação e estimular diariamente com nossas atitudes para a erradicação dessa violência”, disse a diretora de Políticas para Mulheres da SPMJ, Fernanda Cerqueira.
Para a coordenadora de Políticas Temáticas da SPMJ, Juliana Guanaes, ainda existem muitas dificuldades nesse enfrentamento, a exemplo da identificação, pelos agressores, de que estão praticando a violência, e das vítimas, de que estão sofrendo uma agressão. “Um dos pilares do programa Alerta Salvador é o desenvolvimento da educação da violência doméstica, como educar homens, mulheres, meninos e meninas”.
Presente na capacitação, a auxiliar de Serviços Gerais Agatha das Virgens, de 31 anos disse ter sofrido violência doméstica anos atrás. No entanto, graças aos serviços de proteção oferecidos, a situação ficou no passado.
“Eu sofro desde a minha infância, quando via meu pai agredindo a minha mãe e tentava defendê-la. Automaticamente, eu também era agredida por meu pai e minha mãe tinha a ideia de que era normal. Já em fase adulta, me casei e sofri agressão também por meu marido. Diferentemente da minha mãe, busquei por medidas de proteção. Encontros como esses são importantes para levar ainda mais informações a tantas mulheres que acham que não tem apoio perante a lei”, relatou.
O coordenador do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) Lagoa da Paixão, Derício de Souza, explicou que a unidade também é um caminho para o atendimento às mulheres que sofrem agressões. “Fazemos o acolhimento inicial e, após isso, discutimos em uma reunião técnica qual o caminho a ser traçado. Se a mulher tiver uma medida protetiva, acionamos outros órgãos da rede de apoio para encaminhá-la. Os assuntos abordados aqui contribuíram para a conscientização da comunidade de Valéria e todos os profissionais de saúde aqui presentes”.
Apoio – Em casos de violência, a mulher pode buscar ajuda social, psicológica ou jurídica especializada no Centro de Atendimento à Mulher Soteropolitana Irmã Dulce (Camsid), localizado na Ribeira; Centro de Referência de Atendimento à Mulher em Situação de Violência Loreta Valadares (Cramlv), nos Barris e o Centro de Referência Especializado de Atendimento à Mulher Arlette Magalhães (Cream), em Cajazeiras. Além destas unidades, a mulher também pode contar com o suporte de informações do Fala Salvador, através do número 156.
Foto: Otávio Santos
SECOM