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Por que tantos brasileiros têm o mesmo sobrenome?

Silva, Alves, Oliveira, Pereira, Dias, Santos e Martins. A probabilidade de que você, brasileiro, tenha algum desses sobrenomes é bastante alta. Mas você já parou para pensar por que eles são tão comuns?

Para entender essa questão, é preciso revisitar a história da colonização do Brasil. Isso porque os sobrenomes existentes têm ancestralidade, ou seja, remetem-se à história das pessoas e apontam as origens de suas famílias. Uma pesquisa feita em 2016 pelo Instituto de Pesquisa Aplicada (Ipea) descobriu que 87,5% dos brasileiros têm nomes de origem ibérica: surgiram na Espanha ou em Portugal.

Esse dado revela, então, que quase 90% dos brasileiros descendem de europeus? Não exatamente. A história dos sobrenomes nos revela muito sobre como os brasileiros nativos (os de origem indígena) e os descendentes de africanos foram “rebatizados” ao longo dos séculos, por processos diversos.

A doutora em Linguística Patrícia Carvalhinhos, e professora da Universidade de São Paulo (USP), diz que, em muitos casos, é difícil definir a ancestralidade dos brasileiros, pois os sobrenomes refletem questões históricas, étnicas e religiosas. “Era normal pessoas adotarem sobrenomes em referência ao lugar onde moravam. Isso se dava bastante na Idade Média, em que a família recebia o nome da terra e os outros nomes podiam ir se apagando por causa da propriedade”, ela afirmou.

A questão da geografia da terra de origem é recorrente em alguns sobrenomes, mas há também casos que derivam de profissões (como os Machado ou Ferreira), os patronímicos (vindos do pai ou de algum antepassado masculino), os de origem religiosa (como Santiago), entre outros. Há ainda sobrenomes surgidos do abandono de crianças em orfanatos, como Anjos.

Carvalhinhos conta ainda que houve um processo de “doação” de nomes até o século XIX, antes que houvessem leis que proibissem os pais de darem diversos sobrenomes aos filhos. Até então, era possível que uma família tivesse rebentos com sobrenomes diferentes.

A doutora em Linguística Patrícia Carvalhinhos, e professora da Universidade de São Paulo (USP), diz que, em muitos casos, é difícil definir a ancestralidade dos brasileiros, pois os sobrenomes refletem questões históricas, étnicas e religiosas. “Era normal pessoas adotarem sobrenomes em referência ao lugar onde moravam. Isso se dava bastante na Idade Média, em que a família recebia o nome da terra e os outros nomes podiam ir se apagando por causa da propriedade”, ela afirmou.

A questão da geografia da terra de origem é recorrente em alguns sobrenomes, mas há também casos que derivam de profissões (como os Machado ou Ferreira), os patronímicos (vindos do pai ou de algum antepassado masculino), os de origem religiosa (como Santiago), entre outros. Há ainda sobrenomes surgidos do abandono de crianças em orfanatos, como Anjos.

Carvalhinhos conta ainda que houve um processo de “doação” de nomes até o século XIX, antes que houvessem leis que proibissem os pais de darem diversos sobrenomes aos filhos. Até então, era possível que uma família tivesse rebentos com sobrenomes diferentes.

  • Martins  Também é um nome derivado de um nome próprio, “Martim” ou “Martinho”. Vem do latim martinus, que significa “homem marcial e guerreiro”, em referência ao deus da guerra, Marte. É o 13° sobrenome mais comum no Brasil.
  • Oliveira — Esse é o terceiro sobrenome mais comum no país e tem raiz geográfica em regiões de Portugal, que têm muitas oliveiras. 
  • Pereira —Pereira aponta ao português Rodrigo Gonçalves de Pereira, que, após prestar serviços ao conde Henrique de Borgonha, recebeu como pagamento as propriedades de Palmeira e Pereira.
  • Jesus, Santos e Anjos — Esses foram dados a crianças abandonadas em orfanatos e que, por isso, não tinham os sobrenomes registrados. Assim, receberam nomes que se referiam ao divino, como “dos Anjos”. Até hoje é comum que crianças sejam registradas com “de Jesus” no caso do não reconhecimento paterno.
  • (Tecmundo)

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