Política

Deputado repudia ação do Governo angolano ao deportar ilegalmente missionários brasileiros

Respondendo ao ocorrido em Angola nas últimas semanas, onde autoridades do país deportaram ilegalmente 18 missionários brasileiros da Igreja Universal do Reino de Deus, o deputado estadual Jurailton Santos (Republicanos), emitiu na última terça-feira (18), na Assembleia Legislativa da Bahia, uma Moção de Repúdio contra o Governo angolano, que agiu de forma arbitrária, ferindo a Constituição do país.

Convocados pelo serviço de imigração para uma suposta audiência, os missionários ficaram presos durante horas, em uma sala sem água e sem comida. Em seguida, foram surpreendidos por agentes da polícia e do Ministério da Saúde do local, que após a realização do teste da Covid-19, receberam a notícia de que seriam deportados, sendo enviados pelas autoridades angolanas para o Brasil apenas com a roupa do corpo, sem a presença dos seus familiares.

Jurailton repudia a atitude do Governo angolano, e considera que as ações executadas por eles são nocivas aos direitos humanos, evidenciando o quanto o país não age de forma transparente. “É impossível não ficar indignado com o que vem acontecendo em Angola. Como legislador, me sinto no dever de acompanhar e cobrar a prevalência e o respeito aos direitos básicos dos cidadãos. A situação vai muito além de uma perseguição religiosa, ela se tornou um problema que envolve a diplomacia entre os dois países. Aguardamos o posicionamento do governo brasileiro. Onde estão as embaixadas, que atuam na defesa e nos interesses do país, socorrendo compatriotas em dificuldades, sobretudo, aos que têm seus direitos fundamentais ameaçados?”, questiona o republicano, que é pastor da instituição há 23 anos.

Desde 2019, missionários brasileiros e membros da Igreja Universal em Angola sofrem perseguição, omissão e arbitrariedades. Além disso, grupos de dissidentes formados por ex-pastores, agiam com muita violência, invadindo templos da Universal em várias cidades do país, obrigando pastores a abandonarem suas residências. Recentemente, como mais uma forma de repressão, o Governo angolano interrompeu as transmissões da Record TV África, alegando desacordos em relação aos requisitos legais para o exercício da atividade jornalística no país, numa tentativa de silenciar os fatos.

Ascom

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