Bahia apresenta orçamento para 2021
A diretoria do Bahia apresentou, na noite da última segunda-feira, em reunião virtual com o Conselho Deliberativo, duas propostas de orçamento para a temporada 2021. Os cenários desenhados pelo clube contemplam a possibilidade de permanecer na Série A ou de cair para a Série B. Em caso de descer de divisão, o Tricolor terá uma queda de receita de R$ 63 milhões.
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No caso de permanência na Série A, o Bahia prevê uma arrecadação total de aproximadamente R$ 171 milhões em 2021, valor que conta R$ 22 milhões remanescentes da última temporada e R$ 149 milhões de receita do ano em exercício.
Bahia traçou dois planos para o orçamento de 2021 — Foto: Reprodução
Em um segundo cenário, com a queda para a Série B do Campeonato Brasileiro, o clube estima uma receita de cerca de R$ 108 milhões em 2021, com R$ 15 milhões restantes da última temporada e R$ 97 milhões de arrecadação correspondente ao exercício atual.
Nos dois casos, o Bahia estima um déficit, o que faz o clube alertar sobre a necessidade de antecipação de receitas, empréstimos ou vendas de ativos. Durante a reunião, o presidente tricolor afirmou que já tem uma proposta de compra do Fazendão, centro de treinamento tricolor que não é utilizado pelo clube desde o ano passado. O valor de uma venda da estrutura poderá dar um saldo positivo nas contas do clube no fim de 2021.
– Já temos uma proposta em mãos para a venda do Fazendão. Vamos encaminhar em breve para a análise do Conselho Deliberativo – afirmou o dirigente.
Bahia detalhou itens de dois cenários para o planejamento da temporada 2021 — Foto: Reprodução
Em termos comparativos, o orçamento traçado para 2020, o maior da história, previa arrecadação de R$ 179 milhões. Por conta dos efeitos da pandemia, que adiou a disputa de jogos do Campeonato Brasileiro, além da realização de partidas sem público e queda no número de sócios, o clube teve uma receita menor. Até dezembro, os cofres do clube receberam cerca de R$ 137 milhões, R$ 32 milhões a menos que o previsto.
Parte do rombo ocorre pela queda expressiva no número de sócios. Em março de 2020, antes da pandemia obrigar o fechamento do comércio e suspender a realização de jogos em todo o país, o clube tinha 44 mil associados, com uma inadimplência de 20%. Atualmente, o Bahia tem 28 mil sócios, com uma inadimplência de 26%.
Nos dois planos traçados para 2021, o Bahia prevê uma queda financeira com o programa de sócios. Com a permanência na Série A, o clube considera que terá R$ 25 milhões no ano, contra R$ 29 milhões em 2020. Já em um eventual rebaixamento, o valor arrecadado com a mensalidade dos associados será de R$ 20 milhões.
Já a expectativa sobre o Sócio Digital, aplicativo oficial do clube, vai no caminho oposto. O Bahia arrecadou R$ 300 mil com a ferramenta em 2020 e espera conseguir R$ 720 mil no ano de 2021.
Número de sócios do Bahia — Foto: Reprodução
Metas do orçamento
Nas duas propostas apresentadas pela diretoria do Bahia, existem alguns pontos em comum. O plano traçado pelo clube prevê, em termos desportivos, alcançar, no mínimo, as semifinais da Copa do Nordeste e a terceira fase da Copa do Brasil.
Com relação a venda de atletas, a diretoria estima conseguir R$ 25 milhões. Na última temporada, a previsão era alcançar R$ 30 milhões, mas o clube recebeu R$ 20 milhões, R$ 10 milhões a menos que a previsão inicial.
As diferenças começam a ocorrer quando os valores a receber em direitos de transmissão são levados em conta. Com a manutenção na elite do futebol nacional, o Bahia receberá R$ 59 milhões pelo item. Já a queda para a Série B levará a receita para quase R$ 7 milhões.
Principais receitas previstas pelo Bahia no orçamento 2021 — Foto: Reprodução
Com relação a despesas, em caso de permanência na Série A, o Bahia prevê gastar R$ 79 milhões em salários, valor pouco maior que em 2020, quando gastou R$ 73. O valor com pagamento de direitos de imagem será um pouco menor do que no último exercício: R$ 16 milhões em 2021 contra R$ 17 milhões no ano passado.
Se cair para a Série B, o Bahia terá R$ 48 milhões para pagar salários e R$ 5 milhões para direitos de imagem.
(GE-BA)