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Câmara aprova LOA e encerra os trabalhos em plenário

Na última sessão ordinária da 18ª Legislatura, na tarde desta terça-feira (22), a Câmara de Salvador aprovou 5 projetos do Executivo, incluindo a reforma administrativa, a Lei Orçamentária Anual (LOA) e a ampliação do benefício Salvador por Todos, e dezenas de proposições de iniciativa dos vereadores (projetos de lei, de resolução e de indicação e moções). Em um balanço da atuação do Legislativo Municipal este ano, o presidente da Casa, vereador Geraldo Júnior (MDB), ressaltou a alta produtividade em pleno ano de pandemia da Covid-19 e agradeceu aos colegas de todas as bancadas pelo comprometimento com a busca por soluções para amenizar os impactos tanto na saúde das pessoas quanto na economia local.

Com o plenário improvisado no Centro de Cultura da Câmara devido a reformas no Plenário Cosme de Farias e no Salão Nobre, atendendo a todos os protocolos de segurança do combate ao novo coronavírus, a sessão foi transmitida ao vivo pela TV Câmara e não teve público de forma presencial. “Cumprimos desde o início da pandemia todos os protocolos, mas isso não nos impediu de trabalhar pela cidade porque essa é a nossa vocação, cuidar de gente”, frisou o presidente Geraldo Júnior.

Empreendimentos privados

A LOA 2021 (PLE nº 217/2020), aprovada por 32 votos a 7, prevê um orçamento de R$ 8,03 bilhões, um pouco abaixo do que está em execução (R$ 8,05 bilhões), devido ao ano atípico em função da pandemia. As áreas prioritárias são saúde, educação e assistência social, que concentraram 45% da receita estimada, com recursos da ordem de R$ 3,6 bilhões.

A vereadora Marta Rodrigues (PT) contestou a proposta e frisou que pela primeira vez na história houve decréscimo orçamentário. Segundo ela, apesar das 30 emendas apresentadas por diferentes vereadores não terem sido acatadas, o Executivo acrescenta 5 emendas ao projeto, de última hora. Edvaldo Brito (PSD) também se posicionou contrário, classificando a LOA como “uma peça de ficção”.  Votaram contra, ainda, Aladilce Souza (PCdoB), Ana Rita Tavares (PT), Sílvio Humberto (PSB), Marcos Mendes (PSOL) e Suíca (PT).

Alterações nas normas do Programa Minha Casa Minha Vida (PLE nº 236/2020) também foram aprovadas na sessão, mas vereadores de oposição e independentes votaram contra as emendas apresentadas pelo presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Alexandre Aleluia (DEM), classificadas por eles como inconstitucionais por alterarem o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) e a Lei de Ordenamento do Uso do Solo. Marta Rodrigues apresentou, inclusive, recomendação do Ministério Público, por meio da promotora de Habitação, Hortênsia Pinho: “As emendas fazem referência à Ilha de Bom Jesus e à Ilha dos Frades, criando condições para empreendimentos privados neste território”.

Já a reforma administrativa (PLC nº 03/2020) foi aprovada por 31 votos a 7, mais a abstenção do vereador Edvaldo Brito (PSD). Votaram contra Marta Rodrigues, Moisés Rocha e Ana Rita Tavares (PT); Aladilce Souza e Hélio Ferreira (PCdoB); Sílvio Humberto (PSB) e Marcos Mendes (PSOL).

O relator da reforma na Comissão de Constituição e Justiça, vereador Duda Sanches (DEM), argumentou que a matéria adequa a estrutura organizacional da administração municipal às premissas da nova gestão e aprimora a eficiência administrativa e a prestação de serviços públicos à população. Entre as alterações de denominação, competência, finalidade e vínculos de órgãos e entidades, cria a Secretaria Municipal de Inovação e Tecnologia, com a finalidade de formular, planejar, coordenar, executar, acompanhar e avaliar as políticas públicas relativas à inovação da gestão e às tecnologias de informação e comunicação.

O projeto que amplia o benefício Salvador por Todos (PLE Nº 240/20) também autoriza a reserva remunerada de leitos disponibilizados e não ocupados na rede particular, para enfrentamento da pandemia do Covid-19. Os vereadores aprovaram também o Projeto de Lei Nº 241/20, que institui o Programa Mãe Salvador.

A sessão foi marcada por discursos de despedida dos vereadores que não se reelegeram para a próxima legislatura. O presidente Geraldo Júnior agradeceu a todos e desejou sucesso nos próximos desafios, priorizando a votação de projetos de autoria desses colegas. Entre eles Alfredo Mangueira, o mais emocionado, despedindo-se de 28 anos de mandatos ininterruptos na Câmara.

Zumbi a Moisés – Entre os projetos aprovados, Geraldo Júnior chamou atenção e fez questão de se incorporar ao Projeto de Resolução nº 50/20, de autoria de Marta Rodrigues, concedendo a Medalha Zumbi dos Palmares ao vereador Moisés Rocha, presidente da Comissão de Reparação, que optou por não concorrer nas últimas eleições.

Câmara de Vereadores de Salvador

One thought on “Câmara aprova LOA e encerra os trabalhos em plenário

  • O PPA, com vigencia de quatro anos, tem como funcao estabelecer as diretrizes, objetivos e metas de medio prazo da administracao publica. Cabe a LDO, anualmente, enunciar as politicas publicas e respectivas prioridades para o exercicio seguinte. Ja a LOA tem como principais objetivos estimar a receita e fixar a programacao das despesas para o exercicio financeiro. Assim, a LDO ao identificar no PPA as acoes que receberao prioridade no exercicio seguinte torna-se o elo entre o PPA, que funciona como um plano de medio-prazo do governo, e a LOA, que e o instrumento que viabiliza a execucao do plano de trabalho do exercicio a que se refere. De acordo com a Constituicao Federal, o exercicio da funcao do planejamento e um dever do Estado, tendo carater determinante para o setor publico e indicativo para o setor privado.

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