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1ª vacina contra o vírus do ebola é liberada nos EUA

A agência norte-americana de vigilância sanitária (FDA) aprovou nesta quinta-feira (19) a primeira vacina contra o vírus do ebola que pode ser comercializada nos Estados Unidos. Casos de infecção da doença são raros no país, mas a entidade alertou que viajantes e trabalhadores da saúde devem se proteger antes de visitar áreas de surto.

“A doença provocada pelo vírus do ebola é rara por aqui, porém grave, muitas vezes mortal e que não conhece fronteiras”, disse em nota Peter Marks, diretor de pesquisa da FDA “A vacinação é essencial para ajudar a prevenir surtos e impedir que o vírus Ebola se espalhe.”

A imunização é indicada para maiores de 18 anos e a vacina é a mesma usada em países africanos para controle da epidemia.

O ebola é transmitido pelo contato direto com fluidos corpóreos: sangue, saliva e vômito podem transportar o vírus mortal. Parentes dos pacientes e os profissionais de saúde que os tratam são os indivíduos em maior situação de risco.

Surto em país africano

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou em julho deste ano que o surto de ebola na República Democrática do Congo (RDC) se tornou uma emergência internacional de saúde pública.

A FDA disse estar comprometida a combater futuros surtos de ebola no mundo e apoiar por meio de acordos internacionais o atual surto na RDC.

Segundo o diretor de pesquisa da agência, a aprovação da vacina é um avanço para ajudar a proteger contra a dispersão do vírus e ele considerou pioneira a abordagem que a agência respondeu a esta emergência em saúde pública.

“A abordagem de pesquisa usada para estudar a eficácia e a segurança desta vacina pode ajudar a criar um modelo para estudos futuros em circunstâncias semelhantes”, disse Marks.

Recomendações da OMS

A OMS mantém uma lista de recomendações para todos os países em relação ao combate da disseminação do ebola (veja a seguir)

Para os países afetados:

  • Fortalecer e conscientizar a população
  • Verificação de viajantes em fronteiras e rodovias
  • Reduzir as ameaças e mitigar riscos de segurança no controle da doença
  • Reduzir o tempo entre o diagnóstico e o isolamento
  • Vacinação para aumentar o impacto e conter o surto
  • Aumentar o monitoramento e supervisão de infecções hospitalares

Para os países vizinhos aos afetados:

  • Se preparar para a detecção e gerenciamento de casos “importados”
  • Mapear e prever riscos de disseminação
  • Aumentar ações de engajamento, especialmente nas fronteiras
  • Priorizar pesquisas de vacinas e tratamentos

Para todos os países:

  • Não fechar as fronteiras mas observar o movimento informal e não monitorado de pessoas e produtos
  • Autoridades nacionais devem trabalhar com as companhias aéreas e outros meios de transporte e turismo
  • Não é necessário implantar medidas de verificação em aeroportos e outros portos de entrada nos países que estão fora da região(G1)

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