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Atendimentos no SUS começam a ser monitorados em 2020

Qualidade e humanização do atendimento estarão entre os sete indicadores de saúde relacionados a doenças crônicas, pré-natal, saúde da mulher e da criança. As equipes que melhorarem a saúde da população serão premiadas.

A partir do ano que vem, a qualidade da oferta dos serviços de saúde prestados à população será monitorada e recompensada. Inicialmente, serão sete indicadores analisados pelo Ministério da Saúde que vão desde o acompanhamento de gestantes até o monitoramento regular da pressão arterial em hipertensos e de açúcar no sangue de diabéticos. O objetivo é cuidar bem da saúde dos brasileiros, evitando complicações e até mesmo o adoecimento. Assim, as equipes de saúde que atendem na Atenção Primária precisarão cumprir metas que vão permitir organizar melhor os serviços e ampliar o atendimento à população. Alcançar bons resultados será um dos critérios para repasse de recursos federais aos municípios.

“Trabalhar com resultados em saúde é privilegiar as necessidades das pessoas. Por isso, acreditamos que, já no ano que vem, vamos ter resultados melhores em saúde e um tratamento muito mais adequado à população”, destaca Otávio D’Avila, diretor de Saúde da Família, da Secretária de Atenção Primária à Saúde, do Ministério da Saúde. A equipe de saúde que conseguir melhorar a saúde do paciente será premiada com um pagamento adicional.

Mas como medir essa melhora? Por meio de indicadores definidos com base nas necessidades de saúde da população brasileira. Ao todo, serão 21 indicadores até 2022. Os primeiros sete, que serão cobrados já a partir do próximo ano, foram publicados na portaria nº 3.222, nesta quarta-feira (11/12):

Realização de, pelo menos, seis consultas pré-natal, sendo a primeira até a 20ª semana de gestação;
Realização de exames para sífilis e HIV em gestantes;
Atendimento odontológico em gestantes;
Realização de mais exames citopatológicos (Papanicolau);
Ampliação da cobertura vacinal de poliomielite e de pentavalente;
Ampliação do acompanhamento de pessoas hipertensas pela aferição da pressão arterial a cada semestre;
Aumento da solicitação de hemoglobina glicada (exame que mede a quantidade de açúcar no sangue) para pacientes com diabetes.

A escolha desses indicadores levou em consideração os dados de relevância epidemiológica e clínica no Brasil, como as doenças crônicas mais prevalentes. “Olhamos as necessidades mais urgentes na saúde brasileira e que são passíveis de acompanhamento e tratamento na Atenção Primária. Os primeiros indicadores refletem essas necessidades mais imediatas”, frisa D’Avila. Para os próximos anos, também já ficaram definidos os seguintes temas: saúde da mulher; saúde da criança; Infecções Sexualmente Transmissíveis; tuberculose; saúde bucal; hepatites; saúde mental; câncer de mama e indicadores globais.

A Atenção Primária é o primeiro nível de cuidado em saúde. É considerada a porta de entrada preferencial do SUS. São nesses serviços, próximos das residências ou dos trabalhos das pessoas, que o cidadão pode ter a sua saúde acompanhada no dia a dia, por uma equipe de profissionais, por meio de consultas e exames.

(www.saude.gov.br)

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