Família Acolhedora atende pessoas cadastradas durante o mês de novembro
Os coordenadores, assistentes sociais, psicólogos e psicopedagoga do serviço estão realizando atendimentos às famílias cadastradas desde o dia 20 de novembro. Vale lembrar que os interessados devem se inscrever no site www. familiaacolhedora. salvador. ba. gov. br/ cadastro. php e agendar o atendimento através dos telefones 3202-2428/2429 ou pelo e-mail familiaacolhedora. fcm @ salvador. ba. gov. br
De acordo com a iniciativa, as famílias previamente cadastradas devem apresentar condições de receber as crianças e adolescentes, garantindo-lhes os direitos básicos necessários ao processo de crescimento e desenvolvimento, até que possam retornar para suas famílias de origem em condições de cuidado e proteção.
Para se inscrever é necessário atender a esses pré-requisitos iniciais. Os interessados devem apresentar RG, CPF, comprovante de residência e rendimentos; estar em boas condições de saúde física e mental; ser maior de 21 anos; possuir morada fixa em Salvador há mais de dois anos; não ter vínculo de parentesco com a criança ou adolescente em processo de acolhimento; contar com adesão de todos os membros da família à proposta do serviço; e assinar a declaração de não ter interesse, nem estar habilitado para adoção.
A proposta do Família Acolhedora é a não institucionalização de crianças e adolescentes que necessitam se afastar da família de origem. Ao invés de serem acolhidos em UAIs, esse público é acolhido em uma família, previamente cadastrada e capacitada. Enquanto a equipe técnica trabalha a família de origem para que ela possa se reestruturar, a criança e/ou o adolescente permanece em acolhimento familiar, que é acompanhado de perto pelos técnicos do serviço.
A presidente da Fundação Cidade Mãe, Gabriela Macêdo, ressalta a fundamentação do serviço. “A organização da iniciativa se norteia em princípios e diretrizes do Estatuto da Crianças e do Adolescente como medida provisória e excepcional, aplicada pelo poder judicial, assegurando a criança e ao adolescente em situação de vulnerabilidade o direito fundamental e constitucional à convivência familiar e comunitária”, pontuou.
Capacitação de pessoal – Para executar o serviço, a Fundação Cidade Mãe está investindo na capacitação da equipe que irá atuar diretamente com as famílias acolhedoras e de origem. Em outubro houve uma capacitação voltada para toda a Rede de Proteção de Crianças e Adolescentes e para a equipe técnica do serviço, ministrada pela mestra e doutora em Serviço Social e consultora da Rede Latino Americana de Acolhimento Familiar (RELAF), Jane Valente, juntamente com Adriana Pinheiro, assistente social e especialista em violência doméstica contra crianças e adolescentes. No final de novembro, a equipe FCM estará em Minas Gerais para conhecer in loco o SFA de Belo Horizonte, que é referência em todo Brasil.