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‘Combate à Sífilis em Salvador’ foi o tema de audiência na Câmara

A audiência pública sobre o ‘Combate à Sífilis em Salvador’ foi realizada no auditório do Centro de Cultura da Câmara Municipal de Salvador durante a manhã desta segunda-feira (21). A atividade, realizada pela Ouvidoria da Casa em parceria com o Projeto Interfederativo de Resposta Rápida à Sífilis, foi presidida pela ouvidora-geral do Legislativo, vereadora Aladilce Souza (PCdoB) e teve o objetivo de discutir medidas de combate ao aumento de pessoas com a doença.

Segundo dados da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), de 2012 para 2018, o número de casos diagnosticados na Bahia aumentou de 1911 para 9900, tendo um crescimento de 518% em todo o Estado. Apenas em Salvador, no ano passado, foram 3.597 ocorrências. No Brasil, há outro dado preocupante: no período de dez anos (2008-2018), a sífilis em gestantes deu um verdadeiro salto de mais de 808%. As ocorrências, que era de 7.304, chegaram a 59.022.

“É um problema muito grave de saúde pública, e cresceu extraordinariamente em Salvador. Sem o tratamento adequado, ela pode deixar sequelas graves e até levar à morte. Temos também a sífilis congênita, onde a criança já nasce com sérias lesões. É uma doença que estava controlada, mas a incidência voltou com força, o que significa que estamos sem prevenção de DSTs, e com serviços de saúde precários”, ressaltou a vereadora.

Projeto de Lei

De acordo com Aladilce, foi apresentado um projeto de lei de criação do Dia Municipal de Enfrentamento à Sífilis e à Sífilis Congênita, que está tramitando na Casa. “A luta é todo dia, mas é bom ter uma data onde possamos fazer ações voltadas para esse tema porque precisamos dar visibilidade a esse tipo de problema de saúde”, frisou.

A apoiadora do Projeto Interfederativo de Resposta Rápida à Sífilis, Vania Priamo, contou sobre a importância de abordar a pauta da sífilis mais intensamente em discussões políticas e com uma entrada de agendas que fortaleçam o trabalho na melhoria das ações de combate à doença que, segundo ela, se tornou uma epidemia.

Unindo forças

Para a diretora de vigilância e saúde da Secretaria Municipal de Saúde de Salvador (SMS), Luize Cortes, que representou o secretário municipal da Saúde, Leo Prates, o encontro fortalece as ações de combate. “O município tenta se preparar da melhor forma possível. Temos ótimos técnicos e fazemos capacitações constantes em nossa rede, ofertamos a penicilina e testes rápidos em quase todas as unidades, são 128 unidades até o entanto”, disse.

Também, participaram do evento a representante da diretora de vigilância epidemiológica do estado da Bahia (Sesab/Divep-BA), Carla Taiana Bressy; a coordenadora do escritório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) para a Bahia, Minas Gerais e Sergipe, Helena Oliveira; do Conselho Municipal de Saúde, Everaldo Braga; do diretor do Centro Estadual Especializado em Diagnóstico, Assistência e Pesquisa (Cedap), Miralba Freire; da diretora de vigilância à saúde da SMS, Luiza Cortes Mendes; representante do Setor de Acompanhamento das IST, HIV/Aids e hepatites Virais e apoiadora do Projeto Interfederativo de Resposta Rápida à Sífilis, Sofia Campos dos Santos.

Câmara Municipal de Salvador

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