SUS oferece tratamento completo para tuberculose
Tosse, dores, febre e cansaço. Sintomas que podem indicar a tuberculose, doença infecciosa que atinge mais de 70 mil pessoas por ano no Brasil segundo o ministério da Saúde. A enfermidade está entre as 10 principais causas de morte em todo o mundo – apenas em 2017, foi responsável por cerca de 1,3 milhão de óbitos entre pessoas que não vivem com o HIV de acordo com a Organização Mundial da Saúde. Se forem considerados os soropositivos, o número sobre para 1,6 milhão de mortes no período. Mas a doença tem cura, e todo o tratamento é oferecido exclusivamente, e de graça, pelo governo brasileiro através do Sistema Único de Saúde (SUS).
A tuberculose é transmitida pelo ar, portanto, ao verificar os sintomas o paciente deve procurar uma unidade básica de saúde com a maior rapidez possível. Se confirmado o diagnóstico, é iniciado o tratamento, que dura, no mínimo, 6 meses, e tem como base quatro fármacos: rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol. O acompanhamento é feito, preferencialmente, em regime de Tratamento Diretamente Observado (TDO), modelo em que o paciente recebe acompanhamento para ingestão dos remédios, além da assistência de outros profissionais.
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, reforçou que todo diagnóstico e acompanhamento são oferecidos pelo SUS, e ressaltou a importância do paciente seguir o tratamento até o final, mesmo sentindo uma melhora após começar a tomar os remédios.
“O número de óbitos tem caído por conta do tratamento, a gente ainda consegue completar em 75% dos casos, mas ainda existem muitas pessoas que deixam o tratamento incompleto. Isso acaba fazendo com que o remédio crie resistência, e não há muitos antibióticos para a tuberculose”, explicou. Atualmente, a cada 10 pacientes, pelo menos um abandona o tratamento antes da hora, segundo dados do ministério.
A técnica de segurança Márcia Cassal, de Jacareí, em São Paulo, não deixou os remédios de lado. Depois de descobrir a doença, fez o tratamento completo pelo SUS durante nove meses até estar livre de qualquer risco.
“Eu tomava a medicação supervisionada. Tinha que ir no posto na segunda, tomava o remédio na frente dela, e pegava pra terça, quarta, e quinta… na sexta eu voltava, tomava novamente, e pegava para o sábado e domingo. Isso por nove meses direto. Não pode interromper o tratamento, nem por uma semana. Se você fizer corretamente, tem uma vida normal depois”, ressaltou.
(www.gov.br)