Tecnologia

Celulares pré-pagos estão perdendo espaço para os pós-pagos

Os brasileiros estão trocando os celulares pré-pagos pelos pós-pagos. O uso cada vez maior da internet no aparelho e a oferta de planos mais vantajosos incentivam a mudança de comportamento.

Na linguagem da telefonia, pré-pago sempre foi sinônimo de maioria. E ainda é, mas esta liderança está ameaçada.

Há 10 anos os pré-pagos ocupavam 80% do mercado. Em 2019, a participação caiu para menos de 55%.

De janeiro a maio, 4,5 milhões de celulares pré-pagos foram desativados, enquanto 3,9 milhões de pós-pagos foram ativados, segundo a Anatel.

As empresas de telefonia dizem que essa mudança está acontecendo por uma combinação de fatores. O motivo número 1 está diretamente ligado a novos tempos da vida e da economia.

“Precisa ter dados, precisa ter uma certa consistência na qualidade desses dados e ele tem que estar (conectado) 24 horas, 7 dias por semana. Então, na verdade, o consumo de dados aumenta muito e esses planos pós-pagos oferecem planos mais completos para esse tipo de cliente”, explica Gabriela Derenne, diretora regional da operadora Claro.

“Eu trabalho com vendas. Só a internet do pós-pago que vai me ajudar, até para fazer entrega também na rua, para acertar os endereços, não conseguia. Por isso que eu adquiri isso”, conta o entregador Marcos Valença.

Ao mesmo tempo, tem a inovação dos equipamentos, mais conectados, trocando todo tipo de informação. A chamada “internet das coisas” também ajudou.

“Por exemplo, as maquininhas de pagamento, cada maquininha dessas tem um chip lá dentro e cada chip tem uma assinatura pós-paga associada”, informou Roberto Guenzburger, diretor de marketing da Oi.

Além disso, hoje as empresas de telefonia oferecem planos mais baratos e vantajosos, o que fez diminuir a prática antiga de ter vários chips de pré num mesmo telefone.(G1)

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