Deputado quer Política Estadual de Incentivo ao Uso da Energia Eólica
A Bahia não possui legislação específica sobre o uso das energias alternativas, mas precisa ter. É o que o deputado Tum (PSC) está propondo ao Governo do Estado, ao sugerir que o Executivo envie à Assembleia Legislativa projeto de lei que estabeleça a Política Estadual de Incentivo ao Uso da Energia Eólica
A previsão, segundo a indicação do deputado, é de que, “ ainda no primeiro semestre deste ano” a Bahia assuma “a liderança na geração de energia eólica em todo o país”. Atualmente, conforme dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Estado possui 138 parques eólicos em operação, com capacidade total para gerar 3.547 MW de potência.
A Bahia conta com 56 parques em construção (total de 942 MW), “sendo que 30 deles ficarão prontos antes de julho deste ano”, aumentando a capacidade de geração de energia eólica em mais 600 MW – o restante deve ficar pronto em 2020. Segundo a Aneel, ainda para a Bahia há outros 35 parques eólicos (660 MW) com construção ainda não iniciada. Quando concluídos, provavelmente em 2023, o estado terá 229 parques com capacidade total para gerar 6.270 MW.
Essa quantidade de energia, garante Tum, é suficiente para atender a mais de 16 milhões de residências/mês, considerando que a média de consumo de residências do Nordeste é de 120 kWh/mês. Os investimentos totais na Bahia, até 2023, devem ficar em torno de R$ 7,49 bilhões, com a geração de aproximadamente 26,7 mil empregos em toda a cadeia produtiva, sobretudo em cidades e comunidades rurais próximas aos parques.
A convicção do deputado é a de que a Bahia precisa incentivar e desenvolver essas vocações naturais na busca de alternativas limpas para geração de emprego e renda. “A energia eólica é responsável por R$ 9,93 bilhões com a implantação de 102 parques (2.634 MW) e a geração aproximada de 39,1 mil empregos em toda a cadeia produtiva”, conclui.