Rota da Independência revisita a história de luta da Bahia
A conquista pela independência baiana começou antes da brasileira, em 19 de fevereiro de 1822, e terminou em 2 de julho de 1823. Ao contrário da pacífica proclamação às margens do Rio Ipiranga, em 7 de setembro de 1822, milhares de pessoas morreram em batalhas na terra e no mar para a conquista da emancipação da Bahia.
Neste sentido, a Fundação Pedro Calmon (FPC), por meio do Centro de Memória da Bahia (CMB) e em parceria com o Centro de Culturas Populares e Identitárias (CCPI), realiza a Rota da Independência, visitando locais que marcaram o momento histórico. Serão realizadas exposições, aulas, visitas e diversas programações em cidades onde ocorreram lutas na busca pela independência: São Francisco do Conde, Santo Amaro, Cachoeira, Caetité, Salvador, Itaparica, Maragogipe e Cairu (Morro de São Paulo).
“A Rota da Independência é importante para revisitar o nosso passado e nos trazer conhecimento para entendermos o hoje e o futuro. Além disso, esse projeto nos dá a oportunidade de refletir sobre a história do Brasil e da Bahia”, explica o diretor-geral da FPC, Zulu Araújo. Ainda segundo o diretor-geral, “a Rota nos leva a discutir sobre a singularidade que foi a Independência da Bahia e suas consequências”.
Roteiro
A primeira parada da rota será em São Francisco do Conde, de 20 a 31 de maio, com exposição sobre a Independência do Brasil na Bahia e com a Biblioteca de Extensão (Bibex), que oferece programação para o público infantojuvenil, além de exposição de livros sobre a independência da Bahia e da história de São Francisco do Conde. A cidade foi rota das batalhas da independência e teve grande concentração de negros e índios nas lutas pela liberdade.
A segunda e terceira paradas – também com exposição e atuação da Bibex – serão em Santo Amaro (3 a 15 de junho) e Cachoeira (18 a 26 de junho), respectivamente. Em Cachoeira, o bombardeio ocorrido em 25 de junho de 1822 despertou as vilas próximas à cidade a se engajarem na luta contra a força portuguesa. Naquele momento, Cachoeira se tornou um polo central de articulação para os embates contra os portugueses. A programação completa está disponível no site da FPC.
Fonte: Ascom/FPC