Bahia vence o Bahia de Feira e conquista 48º título estadual
Neste domingo (21) o Bahia venceu o Bahia de Feira por 1×0 na Fonte Nova e conquistou o seu 48º título baiano. Com ele, o Esquadrão se isolou como segundo maior de estaduais do país, atrás apenas do ABC, que tem 55.
Esse domínio, porém, não foi visto em campo. O Bahia de Feira lutou até o fim, tendo algumas chances de empatar o placar nos minutos finais.
Na primeira decisão do Baiano com o árbitro de vídeo, o recurso – que já havia trabalhado no jogo de ida, anulando um gol do Tremendão – influenciou mais uma vez no resultado, apontando dois pênaltis que haviam escapado do árbitro.
Mas, ao final, o que vale é a competência. Explica-se: o pênalti para o time da capital, anotado aos oito minutos da segunda etapa, foi convertido por Gilberto. O da equipe de Feira, aos 23, foi cobrado por Vitinho e defendido por Anderson.
Faltou capricho
Durante todo o primeiro tempo o Bahia pressionou o xará de Feira, apertando a saída de bola e criando chances a partir daí. O gol do Esquadrão só não saiu por dois motivos: falta de sorte e de capricho nas finalizações.
Primeiro, o azar: aos sete, Arthur Caíke, sem ângulo, cobrou falta na direção do gol e a bola explodiu no travessão. A falta de capricho apareceu aos 22, quando a bola sobrou na entrada da área para Arthur Caíke. Com campo para avançar, ele preferiu chutar, mas foi para fora.
Aos 24, após cobrança de escanteio, a bola sobrou pelo alto para Elton, livre, cara a cara com Jair. Podia até ter dominado, mas o volante preferiu chutar de primeira e mandou por cima.
Sem conseguir criar, o Tremendão exigiu trabalho de Anderson apenas uma vez, aos 38, quando Jarbas chutou da intermediária e quase surpreendeu o goleiro, adiantado.
Para fechar a trilogia da falta de capricho, Gilberto. Aos 41, Nino Paraíba deixou dois marcadores para trás no drible e cruzou para o camisa 9. Livre, ele pegou mal e chutou longe do gol.
No VAR
Aos três minutos da etapa final, a bola sobrou na entrada da área para Ramires e ele armou o chute. Vítor Hugo travou e o camisa 10 caiu na área, pedindo o pênalti.
Quando a bola parou, o árbitro de Luiz Flávio de Oliveira foi ao monitor na lateral do campo. Um minuto depois, voltou à área confirmando o pênalti, cobrado e convertido aos oito minutos por Gilberto. 1×0.
O gol fez o Bahia de Feira se lançar ao ataque. Aos 20, Vitinho cobrou falta raspando a trave. Os jogadores ficaram pedindo toque de mão de Gilberto, dentro da área.
Mais uma vez, o árbitro recorreu ao monitor na lateral do campo e voltou apontando o pênalti. Na cobrança, o mesmo Vitinho mandou fraco, à meia altura, e Anderson pegou. No rebote, Vitor Hugo chutou e o goleiro salvou de novo, com o calcanhar.
Os minutos finais foram de pressão do Bahia de Feira e o Esquadrão perdendo gols incríveis no contra-ataque. Do lado do tricolor da capital, Ramires, Elton, Gilberto e Rogério desperdiçaram a chance de garantir o título.
Mas quem pode sair lamentando é o Bahia de Feira. Aos 32, Cazumba acertou o travessão em cobrança de falta. E aos 44 Ebinho foi lançado nas costas de Ernando, ganhou na velocidade e chutou na saída de Anderson. A bola foi para fora. Ficou por isso mesmo.
Após o apito final, os jogadores comemoraram muito no centro do gramado e vestiram uma camisa comemorativa com a frase: “A Bahia é Bahêa”. (Correio)