PF poderá investigar boato sobre cancelamento do Enem
O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse que a Polícia Federal (PF) poderá investigar a disseminação do boato a respeito de um suposto cancelamento do Enem. Para que a PF entre no caso, basta que haja a apresentação de uma denúncia. “Se houver a reclamação, sim [a PF investigará]. Não podemos fazer a reclamação de ofício. É preciso que aquele que se sentir atingido, faça a solicitação à polícia ou à Justiça e aí as providências serão tomadas”.
De acordo com o ministro, não há anonimato em redes sociais. “Não cometam irresponsabilidades em rede social. Porque se cometer e isso for um crime, não tenha dúvida que vamos achar quem cometeu isso. Não há impunidade”.
Segundo nota divulgada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), circula nas redes sociais uma imagem falsa, simulando uma notícia do G1, informando que as provas do Enem 2018 foram canceladas após suspeitas de fraudes nas regiões Norte e Nordeste. O instituto já desmentiu o boato.
Balanço preliminar
O ministro da Segurança Pública conversou com a imprensa após reunir-se com o presidente Michel Temer, o ministro da Educação, Rossieli Soares; e a presidente do Inep, Maria Inês Fini. Segundo Jungmann, não foram registrados problemas na realização do exame até a divulgação do balanço, por volta das 14h30. “Alguns lugares com falta de energia e problemas de água, em decorrência da chuva. Em todo o país, o Enem transcorre com a mais absoluta tranquilidade e segurança e espero que assim seja”.
As provas estão sendo realizadas em 10.718 locais de aplicação, em 1725 municípios.
Temer falou rapidamente com a imprensa após a reunião e parabenizou os organizadores pelo tema da redação. “Até o momento em que se deu o início dos trabalhos absolutamente nenhuma falha. Cumprimentei os organizadores pelo título da prova [redação]. Trata das notícias falsas, é um tema atualíssimo”, disse Temer. O tema da redação deste ano é “Manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet”. (Agência Brasil)