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Minas decreta situação de emergência em regiões afetadas pela febre amarela

Mosquito haemagogus é um dos transmissores da forma rural da febre amarela (Foto: Reprodução/TV Globo)
O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, decretou hoje (13) situação de emergência em saúde pública na área de abrangência das unidades regionais de Coronel Fabriciano, Governador Valadares, Manhumirim e Teófilo Otoni. Essa região, que inclui 152 municípios, é a mais afetada pelas ocorrências de febre amarela no estado.
A situação de emergência autoriza a adoção de medidas administrativas para conter a doença e agiliza processos para a aquisição pública de insumos e materiais e a contratação de serviços necessários, dispensando licitação em alguns casos. Também fica permitida a contratação de funcionários temporários para ações exclusivas de combate à febre amarela.
O decreto também cria uma sala para monitoramento das ações administrativas. Participarão desses trabalhos diversos órgãos do estado, entre os quais a Secretaria de Saúde (SES-MG), a Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec).
Segundo texto publicado no Diário Oficial do estado, o decreto considera que “a febre amarela é uma doença de potencial epidêmico e elevada letalidade”. Em boletim epidemiológico divulgado ontem (12), a SES-MG informou que o número de casos suspeitos em 2017 no estado de Minas Gerais já são 110.
Desses, 20 são tratados como casos prováveis, cujos pacientes apresentaram exame laboratorial preliminar positivo. No entanto, a confirmação final depende da investigação de outros fatores. Os outros 90 casos ainda estão sendo analisados. O governo mineiro também informou que, dos 30 óbitos suspeitos, dez já são considerados prováveis.
Vacinas
A recomendação para a população é manter em dia a vacinação contra febre amarela, disponibilizada gratuitamente nos postos de saúde por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). A aplicação ocorre em dose única, devendo ser reforçada após dez anos.
No caso de recém-nascidos, é administrada uma dose aos 9 meses e um reforço aos 4 anos. Mas, como se trata de uma situação atípica, que inspira cuidados, nas regiões afetadas, bebês com 6 meses estão recebendo duas doses com intervalo de 30 dias.
A febre amarela é causada por um vírus da família Flaviviridae e ocorre em alguns países da América do Sul, da América Central e da África. No meio rural e silvestre, é transmitida pelo mosquito Haemagogus. Já em área urbana, o vetor é o Aedes aegypti, o mesmo da dengue, zika e febre chikungunya.
Segundo o Ministério da Saúde, a transmissão da febre amarela no Brasil não ocorre em áreas urbanas desde 1942. Até o momento, todos os casos suspeitos em Minas Gerais são considerados de transmissão silvestre.
(Agência Brasil)

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