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Estaleiro do Recôncavo solicita recuperação extrajudicial

A previsão é de que a dívida do Enseada seja paga em até 19 anos - Foto: Divulgação | Enseada
A Enseada Indústria Naval, localizada em Maragogipe na Bahia, protocolou pedido de recuperação extrajudicial na Justiça do Rio na sexta-feira à noite. O processo, que ainda precisará ser homologado pelo judiciário, envolve fornecedores e dívida bancária de curto prazo e foi fruto de acordo com grupo de credores para reestruturar dívidas de R$ 1,3 bilhão.

A recuperação extrajudicial é um processo mais simples do que a judicial, pois a empresa vai à Justiça para homologar um acordo já acertado com a maioria dos credores O endividamento de longo prazo ficou de fora, pois está equacionado
  
A enseada, cujos sócios são as brasileiras Odebrecht, OAS e UTC mais a japonesa Kawasaki, pretende elaborar um plano de negócios para gerar receitas e pagar os credores em prazo que pode chegar, no pior cenário, até 19 anos – no melhor, a cinco anos. A empresa também quer atrair novos investimentos para a área onde instalou o estaleiro, em Maragogipe, no Recôncavo baiano.
 Segundo o presidente da Enseada Indústria Naval, Fernando Barbosa,  a recuperação extrajudicial permitirá uma melhor organização, pois a empresa já larga com um plano negociado com a maioria dos credores.  Os termos da recuperação extrajudicial foram definidos em comum acordo com um grupo de credores que representa mais de 64% do valor da dívida reestruturada. A empresa optou por incluir no processo somente as operações da Bahia reunidas nas instalações em Maragogipe.

A empresa considera para o futuro, a possibilidade de continuidade de algum negócio com a Sete Brasil que deve quase R$ 3 bilhões em créditos a empresa,  receber da Sete Brasil e estabeleceu  uma estratégia de diversificação de atividades, com outros negócios ligados à construção naval e offshore, como a construção de módulos e “topsides”, que equipam plataformas de petróleo, bem como a prestação de serviços de integração dessas unidades.

O Estaleiro Enseada está licenciado e autorizado a funcionar como terminal de uso privativo, e pode se voltar para operações portuárias como movimentação de carga geral e granéis (sólidos e líquidos, incluindo combustíveis), bem como a movimentação de cargas de projeto (equipamentos industriais para fábricas). Com informações do Valor Econômico.

(Bahia econômica)

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