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O dever da tolerância

Tolerância (Foto: Arquivo Google)
A luta pela liberdade religiosa, pela superação do racismo, por uma sociedade mais justa e mais igualitária, pelo saudável equilíbrio de gêneros, pelo respeito às tradições culturais, principalmente as de matriz africana e ameríndias, passa pela Carta Compromisso assinada por quase todos os candidatos à prefeitura do Rio.
Durante o primeiro turno, fui cauteloso em não declarar o meu candidato. Cobramos de todos eles um compromisso com o desenvolvimento social, a manutenção de conquistas e o avanço na busca de uma sociedade com mais amor e menos violência, seja ela de cunho denotativo ou psicológico.
Por sua vez, no segundo turno, fiz a declaração e campanha para o candidato que sempre caminhou ao nosso lado, assumindo um lado com aquele que sempre esteve em nossas oito Caminhadas pela Liberdade Religiosa, empunhando as bandeiras descritas na Carta Compromisso. Aliás, o único candidato que assinou a carta durante o café da manhã marcado para tal.
No entanto, as urnas quiseram uma vitória diferente. O bispo licenciado da Igreja Universal Marcelo Crivella é o novo prefeito da cidade do Rio de Janeiro. Nossa postura democrática e que respeita a diversidade só pode assumir uma postura: aceitar essa vitória. Não vamos esmorecer na cobrança de políticas públicas que representem a manutenção dos direitos e o avanço na conquista de uma cidade cada vez mais inclusiva, democrática e desenvolvida socialmente.
A Carta Compromisso, assinada por Crivella, será cobrada diuturnamente, ipsis litteris, não só por mim, mas pela comissão que a escreveu conjuntamente. Vale ressaltar que ela contém, entre outros compromissos, a criação de uma Secretaria municipal de Direitos Humanos, Cidadania e Diversidades; e o apoio à agenda da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa.
Fazemos questão de que se cumpram as promessas de campanha da manutenção de um Estado laico, com respeito à diversidade de cor, de credo e de recursos financeiros e sociais. Desejamos, que mais do que críticos da próxima gestão, possamos ser guardiões dos princípios contidos no documento assinado.
Conselheiros na hora de dúvidas ideológicas, ponderadores como os anciões o são, nas questões a serem dirimidas nas culturas tradicionais. A cidade se encontra por demais maquiada e bem menos capitalizada do que se anuncia aos quatro ventos. Compreendemos a dificuldade do próximo governante. Mas não podemos abrir mão de conquistas e avanços importantes, para as populações que vêm sendo marginalizadas há mais de 500 anos.
Mesmo com a quantidade de votos nulos e na oposição, Crivella foi eleito prefeito para todos os moradores do Rio de Janeiro. E seremos incansáveis na cobrança de que ele administre o município para todos.(Blog do Noblat)

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