Dez coisas que seu carro vai perder nos próximos anos
Afogador, quebra vento, antena elétrica, carburador, platinado… Tudo isso a gente já viu desaparecer no mundo dos carros. O dos novos, claro. Você nem precisará esperar sentado para ver alguns equipamentos que são comuns nos carros atuais caírem no ostracismo. Anote a lista a seguir e prepare-se para se sentir saudoso daqui a alguns anos, quando lembrar deles e contar aos seus filhos. Citamos dez. Se você lembra de mais, deixe nos comentários.
Injeção eletrônica
Publicidade
Logotipo do VW Gol GTi, o primeiro nacional com injeção eletrônica | Crédito: QUATRO RODAS
A chance de a injeção eletrônica convencional (a que injeta o combustível no coletor de admissão) sobreviver no futuro é pouca. O amanhã lhe reserva o trabalho conjunto com o sistema de injeção direta, que injeta combustível dentro do cilindro com altíssima pressão. As vantagens estão no ganho de torque, potência e na redução de consumo e emissões.
LEIA MAIS:
Sedãs médios com câmbio manual
Chevrolet Cruze LT manual: extinto em 2014 | Crédito: Marco de Bari
Foi-se o tempo em que carros automáticos eram vistos com receio e até mesmo medo. Estão tão populares que já não faz sentido não abrir mão da embreagem em carros que custam mais de R$ 70 mil, por mais prazeroso que seja para quem gosta de dirigir. Não à toa, Ford Focus Sedan, Peugeot 408, Nissan Sentra e Chevrolet Cruze já não têm opção de câmbio manual no Brasil.
Botões físicos no painel
Console do Volvo V40 atual tem uma profusão de botões localizados bem próximos uns dos outros | Crédito: QUATRO RODAS
Telas digitais já estão por todos os lados nos automóveis modernos. O próximo passo é concentrar todos os comandos do veículo em telas sensíveis ao toque e até mesmo utilizar gestos para controlar o veículo (como já acontece no BMW Série 7), eliminando botões físicos. É visualmente mais bonito, claro, mas pode não ser tão durável quanto botões.
Grandes motores aspirados
Motor V8 de 6,2 litros aspirado da geração passada do Mercedes E 63 AMG | Crédito: QUATRO RODAS
A busca por consumo e emissões menores também rendeu potência extra aos motores. É o útil unido ao agradável, a não ser que você goste dos grandes e pujantes motores que queimam combustível de forma profissional. A lógica é simples: para quê ter um motor grande, se um pequeno faz o mesmo, às vezes até melhor? Assim, os V6 substituem os V8 e motores de quatro cilindros com turbo entram no lugar dos V6.
Rádio com CD-player
CD Player do Chevrolet Sonic, também usado (ainda) no Tracker | Crédito: QUATRO RODAS
O abandono dos CDs é uma realidade. Considerando sistemas multimídia modernos, com Android Auto e Apple Carplay, Chevrolet, Volkswagen e Peugeot estão entre as poucas fabricantes que mantém leitor de discos. E é bem provável que algumas pessoas nem percebam a falta dele. Dá até para arriscar que os pen drives sigam o mesmo caminho.
Direção hidráulica
Hyundai HB20 tem direção hidráulica, mas o aventureiro HB20X já usa direção elétrica | Crédito: Divulgação
Calma! O volante dos carros continuarão bem leves em manobras. Mas não pela direção hidráulica, mas pela elétrica. Esse sistema funciona de forma independente do motor, é menos complexo e não exige manutenção. Fabricantes que ainda insistem na direção hidráulica justificam a escolha pela percepção de controle do carro que ela passa (principalmente em esportivos), mas já existem sistemas elétricos tão comunicativos quanto. Até a Porsche já se rendeu a essa tecnologia.
Estepe tradicional
Estepe fino provisório tende a se tornar comum no Brasil | Crédito: Marco de Bari
Kits de reparo para pneus em substituição ao estepe são comuns em carros vendidos no exterior, mas nem isso e nem mesmo os pneus runflat (que rodam por alguns quilômetros mesmo furados) tem grandes chances de se tornarem comuns no Brasil. Por outro lado, estepes de uso temporário, mais estreitos e leves, já estão em carros de entrada, como o Chevrolet Onix. Isso é uma tendência sem volta, aparentemente. E faz sentido: é menos massa suspensa para carregar e mais espaço disponível no bagageiro.
Garantia inferior a três anos
BMW X4 tem dois anos de garantia enquanto um CrossFox tem três | Crédito: Divulgação
Tempo de garantia do veículo também se tornou argumento de venda no Brasil. Não à toa, entre as grandes fabricantes, a única que ainda não tem garantia total de três anos é a Fiat – que oferece um ano de garantia total e três para motor e câmbio. Curioso é que carros de marcas premium, como Audi, BMW e Mercedes, têm garantia de dois anos – ainda.
Quadro de instrumentos analógicos
Painel de instrumentos do BMW 320i atual ainda aposta em mostradores analógicos | Crédito: QUATRO RODAS
Carros com quadro de instrumentos digital existem desde a década de 70, mas as telas simples de LCD não conquistaram tanto quanto as de TFT, coloridas, configuráveis e belas. Estas tendem a se disseminar entre os carros nacionais em poucos anos, visto que até o Fiat Uno tem sua telinha de TFT.
Lâmpadas halógenas
Faróis do Honda HR-V têm lâmpadas halógenas e iluminação fraca | Crédito: QUATRO RODAS
Com menor consumo de energia e iluminação mais eficiênte, leds já estão substituindo as lâmpadas convencionais. Primeiro foi no painel, depois nas lanternas traseiras, e agora começa a assumir o lugar até mesmo das lâmpadas de xenônio nos faróis.(quatro rodas)