Justiça congela plano de Obama para barrar emissões de CO2
A Suprema Corte dos EUA suspendeu temporariamente um plano abrangente para reduzir as emissões de gases do efeito estufa por usinas termelétricas a carvão, causando um abalo significativo nos esforços regulatórios do presidente Barack Obama para a mudança climática.
Uma coalizão de 27 estados americanos — a maior parte deles governada por adversários republicanos de Obama — entrou com ações em cortes de instâncias mais baixas para barrar o Plano de Energia Limpa. Os governadores haviam pedido à Suprema Corte para cancelar a implementação do programa até o caso ser resolvido.
A Presidência da República afirma ter ficado desapontada com a decisão, mas se disse convencida de que o plano para cortar emissões dos EUA tem uma base jurídica sólida, e vai prevalecer.
“Discordamos da decisão da Suprema Corte de congelar o Plano de Energia Limpa enquanto o litígio continua”, afirmou o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, em um comunicado.
A decisão apoiada por cinco dos nove juízes da Suprema Corte, interrompe a implementação de regras que requerem que as emissões de dióxido de carbono do setor de energia sejam reduzidas em 32% até 2030, em comparação com o nível de 2005.
A regulamentação abrangente anunciada no ano passado pela EPA (Agência de Proteção Ambiental) é central para a iniciativa de Obama para diminuir as emissões totais de CO2 dos EUA.
“Mesmo enquanto o litígio prossegue, a EPA afirma que vai continuar trabalhando com estados que escolheram continuar o desenvolvimento do plano”, disse Earnest.(G1)