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TPM aumenta o risco de hipertensão

Irritação, dor de cabeça, cansaço, fome, inchaço, sonolência. Extensa, a lista de consequências da tensão pré-menstrual (TPM) ganhou um integrante que preocupa: a hipertensão. A descoberta foi feita por pesquisadores dos Estados Unidos ao analisarem a incidência do problema cardíaco em um grupo de enfermeiras. Eles concluíram que aquelas que sofriam com a TPM tinham 40% mais chances de desenvolver a pressão alta. Divulgado recentemente no American Journal of Epidemiology, o estudo, segundo os autores, serve de alerta para as mulheres e pode ajudar no desenvolvimento de novas estratégias de prevenção.

“Conduzimos diversas pesquisas sobre a TPM que incluíram a obesidade, o tabagismo e a baixa ingestão dietética de vitaminas do complexo B, de vitamina D, de cálcio e de outros minerais como agravantes. Daí, surgiu a nossa hipótese de que a TPM estaria relacionada ao risco de pressão arterial elevada”, explicou ao Correio Elizabeth Bertone-Johnson, uma das autoras do estudo e pesquisadora da Universidade de Massachusetts.
Para o estudo, inicialmente, os cientistas analisaram um grupo de mulheres entre 1991 e 2005. Observaram sintomas menstruais ligados à TPM, como palpitações, náusea, esquecimento, tonturas e ondas de calor. Com base nessa análise, separaram as participantes em dois grupos: 1.257 tinham TPM e 2.463 não. Na segunda parte da pesquisa, acompanharam as mulheres até 2011 para saber qual delas desenvolveria a hipertensão. Juntando os dados, detectaram que as participantes com TPM tinham o risco de 1,4 de ter pressão alta quando comparada às voluntárias sem a complicação menstrual.

“Descobrimos que as mulheres que experimentam a TPM moderada ou grave tinham um risco maior de desenvolver hipertensão mais tarde do que as com poucos sintomas menstruais”, complementa a autora, que descarta a hipótese de que os problemas tenham uma relação de causa e efeito. “Nós não acreditamos que ter TPM é uma causa de pressão alta. Acreditamos que as duas condições partilham fatores de risco semelhantes e podem ter causas fisiológicas similares.”, destaca Johnson.
(uai)

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