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8 provas de que o Brasil ainda não é uma pátria educadora

O Brasil está em terceiro no ranking de nações da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) que, proporcionalmente, mais destinam recursos para a Educação.
Em 2012, 17,2% dos gastos públicos brasileiros foram direcionados para o setor. Os dados são do relatório Education at a Glance 2015, divulgado hoje pela OCDE.
Mesmo assim, o país está abaixo da média das nações analisadas quando se leva em conta o quanto é investido por aluno anualmente.
Segundo o estudo, os Brasil gasta, por ano, US$ 3.441 para cada estudante matriculado na rede pública do ensino básico até o ensino superior. A média da OCDE é de US$ 9.317.
Nesse quesito, o Brasil só está à frente de países como Indonésia, Colômbia, Turquia e México. Os valores foram convertidos para o dólar americano pela metodologia paridade do poder de compra.
Em média, um professor em início de carreira no Brasil ganha cerca de 12 mil dólares por ano – menos da metade da remuneração inicial dos docentes de outros países da OCDE.
“A nossa dívida educacional é muito grande, mas ela está sendo paga”, afirma Francisco Soares, presidente do Inep. “Estamos fazendo um enorme esforço para colocar mais recursos na educação”.
A passos lentos 
A evolução do país em uma série de indicadores apresentados no estudo, em certa medida, confirma o argumento do presidente do Inep. O aumento da proporção dos recursos investidos na Educação é uma delas. Em 2012, o Brasil passou a destinou 4,7% do PIB para o setor – doze anos antes, o percentual era de 2,4%.
Outra maneira de medir o quanto o sistema educacional está evoluindo em uma dada localidade é comparar as taxas de escolaridade em diferentes gerações – e o Brasil teve um resultado positivo nesta análise.
De acordo com o estudo, apenas 28% dos brasileiros na faixa etária dos 55 aos 64 possuem um diploma do Ensino Médio, no entanto, a proporção aumenta para 61% quando se analisa a taxa de conclusão do ensino médio entre os jovens com idade entre 25 e 34 anos.
O número de pessoas que terminaram a faculdade no país também avançou nos últimos anos – embora que a passos lentos. Entre 2009 e 2013, a proporção de brasileiros que tinha um diploma de ensino superior subiu de 11% para 14%.
Mesmo assim … 
Entre os países analisados, o Brasil tem uma das piores taxas de conclusão de ensino médio entre jovens de 25 e 34 anos. E, segundo o estudo, quase dois terços dos dos jovens de 20 a 25 anos não está estudando. Pior: 20% dos brasileiros de 20 a 29 fazem parte da geração nem-nem, aquela formada pelas pessoas que não trabalham e não estudam. 
Durante a cerimônia de posse de seu segundo mandato, em janeiro deste ano, a presidente Dilma Rousseff declarou que a Educação seria a prioridade do pais, clamado por ela como uma “pátria educadora” – os números que você vê a seguir contrariam esse lema. 
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