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PTN baiano nega divisão e reafirma apoio ao governador Rui Costa

Diante de diversas conversas que o PTN poderia voltar à base do prefeito ACM Neto (DEM), após rompimento no início do ano para ingressar na linha de apoio ao governador Rui Costa, as afirmativas hoje no partido caminham pela não existência de motivos para o regresso ao ninho democrata.
Quando a legenda rompeu com o prefeito, o ainda vereador e hoje presidente da Limpurb na prefeitura de Salvador, Tiago Correia, decidiu ficar no grupo de Neto por entender que aquela seria sua melhor opção e, principalmente, por conta de laços familiares.
O partido foi atendido pelo governo estadual e assumiu a diretoria geral do Departamento de Trânsito da Bahia (Detran), ocupado pelo ex-presidente do PTN no estado, Maurício Bacelar.
É, exatamente, no Detran que atualmente se tem um foco de discórdia dentro do partido que tem gerado especulações de uma eventual saída do deputado estadual Alex Lima da sigla. No último fim de semana, o diretor Maurício Bacelar anunciou a implantação de uma Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran) para Esplanada, o que teria gerado uma espécie de ciúme no deputado Alex Lima, que tem na região sua base eleitoral.
“O Detran está interiorizando suas ações, seguindo uma orientação do governador Rui Costa (PT). A nossa atuação em Esplanada tem sido educativa, mas vamos avançar com a criação da Ciretran na cidade, para oferecer novos serviços à população”, disse Bacelar durante um evento ocorrido no município por ocasião de festejos da Independência da Bahia. 
Procurado pela reportagem, Lima nega insatisfação com o comando do partido e diz que há divergências, mas “é natural da política”. O peteenista foi um dos mais empenhados em levar o partido para a base de Rui Costa, o que segundo alguns políticos da sigla, é motivo para que ele não deixe a legenda. No entanto, o deputado não nega e nem confirma que pode sair do PTN. “A gente nem sabe se vai existir janela partidária, se o PL de Nilo vai ser criado. Mas não existe nenhuma insatisfação, o PTN é meu primeiro e único partido”, despistou.
Na Câmara, o clima de regresso à base de Neto parece ter perdido força depois que Tiago Correia afirmou que está deixando o PTN. Ele era o principal entusiasta de um possível retorno ao time do prefeito, mas não obteve sucesso, pois os vereadores Carlos Muniz, Toinho Carolino e Beca se mostram “satisfeitos” com o tratamento recebido pelo governo estadual.
O caso do vereador Atanázio Julio é visto como uma exceção na bancada peteenista. Ele é suplente de Correia, e não raro é possível notar sua inclinação para assuntos do Executivo municipal.
O vereador Carlos Muniz era um dos mais resistentes ao retorno ao grupo liderado pelo democrata ACM Neto. Ele não digeriu o que chamou de quebra de acordo feito no início da legislatura em 2013, quando teria sido acertado que o vereador Paulo Câmara (PSDB) comandaria o Legislativo por dois anos e se seria sucedido pelo mandato do PTN.
Durante o pleito no início deste ano, Câmara se colocou na disputa pela reeleição e o prefeito não se manifestou em prol do acordo que beneficiaria Muniz, o colocando à frente da Casa. Esse fato faz com que o edil rechace qualquer possibilidade de conversas de reaproximação com o Palácio Thomé de Souza.(TB)

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