Ginecologista José Bento comenta transplante de pênis
A notícia de um homem que recebeu um transplante de pênis na África do Sul e, pouco tempo depois da cirurgia, engravidou a namorada foi considerada surpreendente pelo médico ginecologista José Bento, consultor do programa Bem Estar.
Segundo ele, “reconstruir e [fazer] funcionar” o órgão genital masculino de um doador morto em outra pessoa é “fantástico”, do ponto de vista da evolução da medicina.
Segundo ele, “reconstruir e [fazer] funcionar” o órgão genital masculino de um doador morto em outra pessoa é “fantástico”, do ponto de vista da evolução da medicina.
O especialista comenta também no vídeo acima sobre o risco que pode causar uma circuncisão mal feita, o que levou o paciente sul-africano a amputar o pênis após um ritual religioso.
Entenda o caso
Seis meses depois de realizar o primeiro transplante de pênis do mundo, ocorrido na África do Sul, o médico urologista Andre van der Merwe anunciou nesta quinta-feira (11) que o paciente, de 21 anos, que recebeu o órgão vai ser pai.
Segundo o site sul-africano “News 24”, a informação foi divulgada pelo especialista em palestra proferida em Stellenbosch, sede da Universidade de Stellenbosch – onde a pesquisa foi conduzida em parceria com o Hospital Tygerberg, da Cidade do Cabo.
Merwe confirmou à publicação que a gravidez confirma o sucesso da cirurgia. “O órgão está funcionando”, disse ele. O paciente, que teve o pênis amputado após problema em um ritual de circuncisão, continuará a ser monitorado por mais um tempo. É possível que ele passe por uma nova cirurgia em meados de agosto.
O transplante de nove horas de duração, que aconteceu em dezembro do ano passado, foi parte de um estudo para ajudar homens que perdem seus pênis em rituais de circuncisão mal feitos todos os anos.
A cirurgia só foi divulgada em março, meses após sua realização, depois que os médicos verificaram que o paciente se recuperava bem.
O homem teve recuperação total do órgão, disseram os médicos, acrescentando que o procedimento eventualmente pode ser ampliado a quem perdeu o pênis devido ao câncer ou como última alternativa para problemas de disfunção erétil.
(G1)