Rodoviários irão decretar estado de greve na quinta
Sem avanço nas negociações, o Sindicato dos Rodoviários (Sintroba) decretará estado de greve na próxima quinta-feira. A decisão foi tomada, na tarde desta quinta-feira, 30, em assembleia geral da categoria no Ginásio de Esportes dos Bancários, na Ladeira dos Aflitos.
Segundo Hélio Ferreira, presidente do Sintroba, “foi um mês de debates exaustivos. Porém, sem sucesso. Quatro rodadas de negociações cansativas e de muita intransigência do patronato. Eles (empresários) só aceitam discutir salário e ainda querem tirar um domingo nosso de folga. Só temos dois domingos e dois sábados (por mês)”, queixou-se Hélio.
Ainda conforme o presidente do Sintroba, manifestações também estão previstas para o período. “A categoria se sente humilhada. Estão todos revoltados. Prestamos um serviço de suma importância para a população e não temos esse reconhecimento por parte dos patrões. A greve é a única alternativa”, disse, sem dar detalhes sobre as ações.
Patrões
Jorge Castro, diretor do sindicato patronal (Setps), alegou que as reivindicações da categoria elevariam o orçamento em 62%, o que seria inviável para os empresários.
“Volto a dizer: quem pede 62% de aumento não quer negociar. Só vamos discutir salário. A greve é um direito constitucional. Não podemos impedir. A população será a grande prejudicada”, argumentou Castro.
“Volto a dizer: quem pede 62% de aumento não quer negociar. Só vamos discutir salário. A greve é um direito constitucional. Não podemos impedir. A população será a grande prejudicada”, argumentou Castro.
De acordo com ele, outra reivindicação da categoria é diminuir a carga horária de trabalho, de sete para seis horas diárias. “Só esse item elevaria em 20% o orçamento. Não tem como negociar dessa forma”, justificou.
A pauta de reivindicações, entregue ao Setps no dia 30 de março, é considerada “enxuta e viável” pelo sindicato laboral.
Entre as principais reivindicações estão reajuste salarial de 20%, tíquete-alimentação de R$ 20, plano médico e odontológico pagos integralmente pelos patrões, cesta-básica de R$ 300, participação nos lucros e resultados, insalubridade, fim da dupla função para motoristas de micro-ônibus e passe livre para rodoviários ativos e aposentados.
(A Tarde)