Mandato-tampão, a boa saída para Neto
Exatos 118 prefeitos se reelegeram em 2012 na Bahia. O que quer dizer que 299 dos 417, em tese, estão aptos a disputar as eleições de 2016. A maioria já administrou vislumbrando as expectativas da lei vigente, a possibilidade de reeleição para um novo mandato de quatro anos. O cenho minguou.
Claro que a proposta de reforma política formulada pela comissão criada com este fim (a ser votada nesta segunda, 18) tem muitos pontos que ainda vão dar muito o que falar, mas o mandato-tampão para os eleitos de 2016 de apenas dois anos é a razão do furdunço político na maioria dos municípios baianos.
Lógico também que há exceções no cenário. Um deles é ACM Neto. Ele é candidato em 2018, mais provavelmente a governador, senador talvez. Se fica como é, teria que arranjar um vice confiável para passar o bastão dois anos e meio antes do fim do segundo mandato. Se muda, seriam apenas seis meses, algo bem aceitável.
Ano passado Neto já foi tentado a deixar a prefeitura para se candidatar. Inteligentemente, descartou. E acertou. Para ele, o mandato-tampão não fede nem cheira. Mas, se for olhado direitinho, mais cheira.
(A Tarde)