Na F-1, mulheres mandam em pilotos brasileiros
As duas mulheres mais poderosas da Fórmula 1 terão sob seu comando os dois pilotos brasileiro para a temporada 2015: Felipe Massa e Felipe Nasr, o experiente e o novato, correrão por Williams e Sauber, respectivamente.
O ex-ferrarista vai para seu segundo ano na equipe britânica, com quem conseguiu bom desempenho no ano passado. Muito disso se deve a Claire, filha do lendário Frank Williams, que aos poucos está passando o bastão para sua pupila.
Depois de passar pela assessoria de imprensa do circuito de Silverstone, ela se juntou à equipe Williams em 2002, primeiro como assessora de comunicação, sendo promovida a chefe do departamento até ser também a diretora responsável pelo marketing.
Atualmente com 38 anos, Claire é a vice-chefe da Williams, acumulando as funções de diretora comercial, de comunicações e marketing. No final de 2013, ela foi fundamental para o acerto com a Mercedes como fornecedora de motores – indiscutivelmente a melhor da última temporada – e com a empresa de bebidas Martini.
Com o ótimo desempenho no ano passado, terminando em terceiro lugar no Mundial de Construtores, a independente Williams conseguiu bom dinheiro na divisão de premiação, ajudando a investir em outro forte carro para 2015.
O caminho natural, agora, é Claire assumir o comando do pai. Mas Frank garante: ainda fica “sem respirar” com tudo que envolve a F-1.
Se a chefe da Williams teve um “pai-trocínio” na carreira, a colega na Sauber tem outra história. Monisha Narang nasceu na Índia, mas logo na infância sua família se mudou para a Áustria. Lá, se formou em Direito na Universidade de Viena e depois conseguiu o mestrado em Comércio Internacional na London School of Economics.
Monisha entrou na Fórmula 1 como representante legal da Sauber em 1999, pois trabalhava para um dos então acionistas da equipe, Fritz Kaiser. Mesmo depois que o empresário vendeu sua parte, a indiana continuou como chefe do setor jurídico.
Em 2001, ela se tornou membro do conselho de administração da Sauber, até que nove anos depois, com a saída da BMW como grande parceira, chegou ao cargo de chefe executiva da escuderia austríaca. Em 2012, Peter Sauber deu um terço das ações da equipe para Monisha Kaltenborn, que no final do mesmo ano deixou seu posto como CEO para ser a primeira chefe de um time na história da F-1.
A situação da Sauber hoje, porém, inspira cuidados. A crise financeira a acompanha há anos, e a entrada de ‘pilotos-pagante’ é uma realidade. Para esta temporada, Felipe Nasr e Marcus Ericson conseguiram 20 milhões de euros cada um como patrocínio para a equipe também independente.
Maas ainda não se sabe quem correrá pela Sauber na abertura do Mundial, neste fim de semana, em Melbourne: afinal, Giedo van der Garde ganhou na Justiça australiana o direito de disputar a prova pela equipe por causa de seu contrato assinado em 2014 – seu primeiro ano seria como reserva, e nesta temporada assumiria como titular.
(ESPN)