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Decreto autoriza idoso a usar as catracas em novos ônibus

A prefeitura de Salvador publica  nesta terça-feira, 6, no Diário Oficial do Município (DOM)  decreto que autoriza os cobradores dos novos ônibus da cidade a liberar a passagem dos idosos pelas catracas, caso as três cadeiras reservadas para esse público na frente dos novos  veículos  estejam ocupadas.
A ação, anunciada nesta segunda, 5, pelo secretário de Mobilidade da capital baiana, Fábio Mota, tem o objetivo de tentar resolver os problemas causados pela redução do número de assentos prioritários para idosos nos coletivos.
Como a entrada nos novos veículos acontece pela porta da frente e só três cadeiras estão localizadas antes da catraca, o acesso dos idosos aos outros seis assentos preferenciais, situados no meio do ônibus, ocorria apenas mediante pagamento da tarifa, reajustada para R$ 3.
Isso porque, segundo motoristas e cobradores ouvidos pela equipe de reportagem de A TARDE, as empresas proibiram a abertura das portas do meio e do fundo para o público da terceira idade.
Quem descumprisse a determinação dos patrões seria advertido, suspenso ou até demitido por justa causa  em caso de reincidência, de acordo com os relatos dos rodoviários entrevistados.
Flagrante
Nesta segunda, na Estação da Lapa, a reportagem flagrou casos em que o direito do idoso à gratuidade foi desrespeitado.  À tarde, durante aproximadamente 30 minutos, pelo menos cinco usuários da terceira idade deixaram de pegar o ônibus, por falta de assento livre antes da catraca.
Nestes casos, porém, o problema era a demanda alta – e não a ocupação irregular das cadeiras, por pessoas mais jovens. Quem teve paciência de esperar, se ‘espremeu’ no pequeno espaço entre o motorista, o cobrador e a catraca.
“O motorista não abriu as portas do meio e do fundo, então prefiro esperar outro ônibus do que ir em pé”, afirmou o aposentado José da Cruz, 80 anos. “Se eu passasse pela catraca, teria que pagar a passagem”, reclamou ele.
Também beneficiária da gratuidade, a passageira Marilene Almeida, 65, vivenciou a mesma situação. Para ela, no entanto, a limitação do espaço para os idosos nos veículos tem um lado positivo.
“Ir em pé é perigoso porque, com o ônibus andando em alta velocidade, existe o risco de queda”, afirmou.
Segundo o secretário Fábio Mota, o balanço que a prefeitura faz após os cinco primeiros dias de alterações no sistema de ônibus é “positivo”. As ocorrências de transtornos, conforme o gestor, têm sido menores do que era esperado pela prefeitura.
(Tribuna)

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