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Bienal do Recôncavo 2014 revisita 18 artistas

A 12ª Bienal do Recôncavo entre 20 de dezembro de 2014 e 20 de fevereiro de 2015, o evento vai apresentar obras inéditas de 18 artistas premiados ao longo dos 23 anos do evento.
Onze vencedores do grande prêmio e sete ganhadores na categoria Destaque do Recôncavo vão explorar espaços das cidades de Cachoeira e São Félix (respectivamente a 115 km e  147 km de Salvador), como a Casa de Cultura, agências bancárias, rodoviária, Ordem Terceira do Carmo e cinema.
O seminário Repensar a Transitoriedade será o principal instrumento de discussão de novas estruturas financeiras, estéticas e poéticas da Bienal.
“A Bahia vive um momento bom para as artes visuais, mas a Bienal do Recôncavo enfrenta um momento terrível”, disse Pedro Archanjo, diretor da Face da Terra – Fundação de Arte Cultura e Educação, entidade mantenedora do encontro.
“A intenção é voltar no final de 2015 com o formato original de inscrições de trabalhos. Assim, a Bienal do Recôncavo vai acontecer em anos ímpares, alternando com a Bienal da Bahia, que será realizada em anos pares”, completou Archanjo.
Investimentos
Nesta edição, assim como na anterior, a Face da Terra tem apoio de até R$ 300 mil do edital de Eventos Calendarizados, da Secretaria de Cultura (Secult-BA). Em 2012, a Dannemann patrocinou o projeto com R$ 450 mil.
“As crises nos levam a pensar as possibilidades. Não estou assumindo que a Secult vai bancar a Bienal como um todo, mas esse edital dá uma tranquilidade ao projeto, que também precisa da participação de empresas”, disse Albino Rubim, secretário de Cultura da Bahia.
Além dele, estiveram presentes no evento o secretário municipal da Cultura de São Paulo, Juca Ferreira, e o prefeito de São Félix, Eduardo José de Macedo Júnior.
“O Recôncavo é onde a Bahia é mais Bahia. É bom uma bienal que trabalha com arte contemporânea sair de Salvador, que tem uma importância exagerada para o estado”, disse Juca Ferreira.
Da classe artística, compareceram Nancy Novaes, diretora da Escola de Belas Artes da Ufba, Juarez Paraíso, Juraci Dórea, Maria Adair, Flávio Fernando, além de Marepe, Joãozito e  Iêda Oliveira,  premiados em edições anteriores. Entre as demandas do grupo estão instrumentos que garantam a continuidade do projeto.
“O principal é que a Bienal do Recôncavo continue a sua história. Foi o primeiro contato que eu tive com a cena artística da Bahia”, contou Marepe, vencedor da primeira edição, em 1991.
“A Bienal do Recôncavo tem uma potência histórica muito grande, revelou grandes artistas. Estamos em um momento de buscar o colaborativo e os artistas nesta configuração. Entender essa precariedade é buscar novos formatos, usar a cidade, o rio e as estradas como espaço”, defendeu Joãozito.
(A Tarde)

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