Google recebeu 100 mil pedidos de ‘esquecimento’
O Google declarou ter recebido 91 mil pedidos de remoção de links dos seus resultados de busca na Europa. A informação foi divulgada pela empresa durante discussões sobre a aplicação do “direito de esquecimento”.
Em 13 de maio, o Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE) reconheceu o direito dos cidadãos de serem “esquecidos” na internet, ou seja, de poderem pedir ao Google e a outros buscadores que retirem os links a informações que os prejudicam ou já não são pertinentes.
Em 13 de maio, o Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE) reconheceu o direito dos cidadãos de serem “esquecidos” na internet, ou seja, de poderem pedir ao Google e a outros buscadores que retirem os links a informações que os prejudicam ou já não são pertinentes.
Os quase 100 mil pedidos enviados à empresa se referem a um total de 328 mil links para endereços na internet. A empresa disse que ainda não teve condições de processar todas as solicitações, conseguindo apenas 50% do total pedido. Um terço desse total foi rejeitado pelo Google, enquanto em 15% dos casos mais informações foram solicitadas.
Entre os países europeus de onde vieram as demandas de remoção, a França aparece na frente com 17,5 mil pedidos de remoção para 58 mil links. É seguida pela Alemanha (16,5 e 57 mil), Reino Unido (12 mil e 44 mil), Espanha (8 mil e 27 mil), Itália (7,5 mil e 28 mil) e a Holanda (5,5 mil e 21 mil).
Yahoo e Microsoft (proprietária do Bing) também estiveram em Bruxelas, nesta quinta-feira, 24/7, para falar sobre a aplicação da nova regulamentação em suas ferramentas de busca.
A maneira como a empresa vem lidando com a remoção foi alvo de crítica das autoridades reguladoras depois de sua decisão de limitar a remoção de links apenas a sites europeus, de acordo com uma fonte entrevistada pela Reuters. O Google teria sido questionado por ter eliminado resultados apenas de sites de busca específicos de países europeus, como google.co.uk (do Reino Unido). Com isso, a informação continuaria facilmente encontrável no google.com, muito mais utilizado na internet.
Outra ação que levou a empresa a ser criticada foi sua remoção de vários links para notícias do jornal britânico The Guardian. O jornal protestou contra a remoção de suas histórias que descreviam como um árbitro de futebol mentiu sobre a reversão de uma decisão nos pênaltis. Não foi revelado quem pediu ao Google para remover as matérias.
Censura. Em entrevista ao Financial Times em maio, o CEO do Google, Larry Page, disse que a nova regulação sobre privacidade encorajará regimes opressivos e reacionários. “Ela será empregada por outros governos que não são tão adiantados e progressistas como a Europa para fazer coisas negativas”, afirmou.
(new.d24)