Obra da ponte Itaparica-Salvador pode levar cinco anos
O contrato para elaboração do projeto básico de engenharia da ponte Salvador-Itaparica foi assinado entre o governo estadual e o consórcio formado pelas empresas brasileiras Enescil e Maia Melo, além da dinamarquesa Cowi.
O grupo vencedor da licitação receberá R$ 22,5 milhões. O valor é 15,4% menor do que o previsto inicialmente, conforme o governo.
O projeto de engenharia deverá ser concluído até outubro, disse o secretário estadual do Planejamento, José Sergio Gabrielli.
Já o edital de construção da ponte só será lançado no final do ano, de acordo com previsão do secretário. No começo de 2013, a estimativa é de que o edital saísse em março de 2014.
“A complexidade dos processos, as disputas da concorrência, as dificuldades da gestão e administração de um projeto desse envolvem idas e vindas”, justificou. Após a assinatura do contrato, o prazo de construção é de cinco anos.
Segundo Gabrielli, o consórcio responsável pelo projeto de engenharia fará o “detalhamento” da chegada da ponte a Salvador, das obras necessárias para integração com a Via Expressa, o ferryboat e a rede viária da capital, além da definição mais precisa do traçado.
“Desenvolverão também a parte paisagística e o detalhe arquitetônico, além das técnicas para a parte móvel da ponte”, acrescentou. O secretário informou ainda as próximas medidas relativas à ponte Salvador-Itaparica.
Conforme Gabrielli, o contrato para elaboração dos estudos urbanísticos deve ser assinado esta semana.
Custo
Gabrielli disse que há uma possibilidade de redução do custo da ponte, estimado em R$ 7 bilhões à época do Procedimento de Manifestação de Interesse. O valor é referente à construção da ponte e um conjunto de obras.
O secretário relatou que estudos preliminares de solo e rocha na Baía de Todos-os- Santos apontam a tendência de uma fundição de ponte “mais simples” a ser usada.
“Significa que pode baixar o custo, mas ainda não é possível dizer”, afirmou. Por outro lado, o titular da Seplan também não descartou uma possibilidade contrária, de aumento do preço.
“Do ponto de vista geológico, a tendência é de reduzir. Do ponto de vista mercadológico, eu não sei. Tem que ver como o mercado se comportou de lá para cá”, disse.