Empresa assumirá gestão do terminal da Lapa em maio

A concessionária que ficará responsável por administrar e requalificar a Estação de Transbordo Clériston Andrade (Terminal da Lapa) deverá assumir o controle em maio, segundo informações da Secretaria Municipal de Urbanismo e Transporte (Semut).
O decreto que autoriza a privatização, que já tinha sido aprovada pela Câmara Municipal em dezembro, foi publicado na última quinta-feira no Diário Oficial do Município (DOM). Ainda conforme a Semut, o edital de licitação está programado para ser lançado na primeira quinzena de fevereiro.
A concessão pública terá prazo de 35 anos, passível de prorrogação. O texto publicado no DOM determina que o grupo será responsável por zelar pelo terminal e, ao final do contrato, repassar toda a estrutura para a prefeitura, sem custos. A empresa também terá que arcar com impostos e pagar um valor mensal para a gestão municipal pela exploração, montante que ainda será definido.
Em contrapartida, a administradora tem como direito a exploração comercial direta ou indireta de inúmeros serviços e estabelecimentos. Pelo texto assinado pelo prefeito, a empresa poderá até cobrar pelo uso de instalações destinadas à higiene pessoal.
Também fica permitido ao grupo exigir que os passageiros paguem pelo estacionamento, venda de fichas, cartões magnéticos ou qualquer outro meio que permita o acesso a serviços de telefonia, guarda-volumes e outros, a serem definidos no contrato de concessão.
Para tornar o negócio economicamente viável, também será de exclusividade da empresa explorar os serviços de publicidade, inclusive multimídia, e de edifícios construídos na área licitada.
Obras
A Estação da Lapa passa por reforma emergencial realizada pela prefeitura, com investimento de 1,6 milhões. “Nós priorizamos os problemas mais alarmantes”, disse o Superintendente de Trânsito e Transporte de Salvador, Fabrizzio Muller.
Segundo ele, foram contempladas a requalificação de todos os banheiros, impermeabilização da laje superior, retirada de uma plataforma do térreo para dar mais claridade e ventilação, pintura, limpeza, desobstrução de todas as canaletas de águas pluviais e recuperação da escada rolante que liga a Lapa ao Colégio Central.
Até o momento, já estão prontos os sanitários do subsolo e do térreo, a reforma da rede elétrica e a impermeabilização do solo. Conforme Fabrizzio Muller, a conclusão das obras estava prevista para novembro, mas atrasos na execução adiaram a entrega para o próximo mês. “A escada rolante, por exemplo, não ficou pronta porque a empresa contratada não cumpriu com o prazo de entrega”, justificou.
Ainda conforme o superintendente, o banheiro do primeiro andar deve ficar pronto entre os dias 10 e 15 de fevereiro, e a cobertura deve ser colocada nos próximos dez dias. Já o conserto das escadas rolantes ainda será discutido na próxima semana.
Ainda conforme o superintendente, o banheiro do primeiro andar deve ficar pronto entre os dias 10 e 15 de fevereiro, e a cobertura deve ser colocada nos próximos dez dias. Já o conserto das escadas rolantes ainda será discutido na próxima semana.
Diariamente, cerca de 500 mil pessoas passam pela Estação da Lapa. Conforme a Transalvador, mensalmente, a manutenção da estrutura custa R$ 500 mil por mês aos cofres públicos.
Os usuários se deparam com uma série de problemas. Quem segue, a partir do subsolo, em direção ao Colégio Central, por exemplo, tem que subir 162 degraus de escada. O local é totalmente inacessível a portadores de deficiência física.
Idosos, gestantes e deficientes não contam com rampa de acesso, tampouco com assentos para esperar os ônibus. No subsolo há problemas com infiltrações, escuridão e, em toda a estação, passageiros reclamam de sujeira e falta de segurança.
(A Tarde)