Genoino se entrega na sede da PF

A expectativa é que todos os réus se apresentem espontaneamente à polícia. A ex-funcionária de Marcos Valério Simone Vasconcellos se entregou em Belo Horizonte, Minas Gerais. A defesa do publicitário, operador do mensalão, disse ao iG que discute agora como ele irá se entregar. O ex-ministro José Dirceu estaria em casa, em Vinhedo, interior de São Paulo, acompanhado da família.
Os réus devem primeiramente ser abrigados em unidades da Polícia Federal (PF) e depois encaminhados para o Distrito Federal: no Centro de Prisão Provisória (CPP), em Brasília, ou na Penitenciária da Papuda. Somente após uma autorização de Barbosa é que eles serão alojados em unidades prisionais de seus respectivos Estados.
Ao chegar à sede da PF, o advogado do PT Marco Aurélio Carvalho disse que Genoino está indignado com a prisão “como todo preso político tem de estar” e informou que, apesar de estar com a saúde debilitada, o petista está bem. Em julho, Genoino se submeteu a uma cirurgia cardíaca após sentir fortes dores no peito.
O deputado foi condenado a 6 anos e 11 meses de prisão pela participação no esquema do mensalão e deverá cumprir parte da pena em regime semiaberto. No início da tarde desta sexta-feira, Genoino divulgou uma nota oficial na qual reiterava ser inocente e disse considerar-se um “preso político”.
Genoino disse ainda ter sido condenado por que era presidente do PT na época do escândalo e afirma que não existem provas das acusações contra ele. “O empréstimo que avalizei foi registrado e quitado”, diz a nota.
O ex-presidente do PT foi condenado por corrupção ativa e formação de quadrilha. A segunda condenação, contudo, está embargada e seu julgamento deve ser retomado em 2014, pois ele obteve quatro votos favoráveis a sua absolvição por este crime no Supremo.
Confira abaixo a íntegra da nota:
“Com indignação, cumpro as decisões do STF e reitero que sou inocente, não tendo praticado nenhum crime. Fui condenado por que estava exercendo a Presidência do PT. Do que me acusam? Não existem provas. O empréstimo que avalizei foi registrado e quitado.
Fui condenado previamente em uma operação midiática inédita na história do Brasil. E me julgaram em um processo marcado por injustiças e desrespeito às regras do Estado Democrático de Direito.
Por tudo isso, considero-me preso político.”
Agência Estado