Valcke alerta sobre gramados e cobra rapidez nas obras de estádios
O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, criticou nesta quinta-feira a qualidade de alguns gramados entre os 12 estádios da Copa do Mundo e cobrou uma aceleração nas obras das arenas para que elas fiquem livres para a entidade fazer testes e observações no ano que vem.
Valcke visitou nesta semana as arenas de Porto Alegre e Cuiabá, que estão em fase de obras e têm de ser entregues até dezembro, segundo o cronograma da entidade.
Na semana passada, a Arena da Baixada, em Curitiba, teve a reforma embargada por questões trabalhistas, mas ajustes foram feitos, e as obras foram retomadas uma semana depois. O novo gramado do estádio ainda não foi plantado, a 8 meses do Mundial.
A qualidade da grama dos estádios é uma preocupação da Fifa desde a Copa das Confederações, em junho, quando os problemas foram visíveis em Brasília e Salvador, principalmente.
“Temos que zelar pelos gramados dos estádios e nem todos estão na melhor condição”, disse Valcke em entrevista coletiva no Rio de Janeiro.
O secretário-geral da Fifa ressaltou que os jogadores que vão disputar o Mundial estão acostumados a gramados de primeira qualidade. “Queremos o melhor para as seleções; uma série de seleções e jogadores estão acostumados com gramado de maior qualidade”, afirmou ele ao criticar diretamente o estádio da capital federal.
“A qualidade no Distrito Federal não é o que se espera. Não é uma crítica, mas um fato. A Copa será em 245 dias e temos muito tempo para certificar os gramados e garantir também (que não sejam realizados) eventos fora de futebol que possam destruir os gramados”, completou.
Valcke cobrou ainda que as obras dos estádios sejam aceleradas para que a Fifa possa, no ano que vem, ter as arenas para a montagem da infraestrutura para os jogos do Mundial.
“São Paulo está perfeitamente a caminho; houve época com preocupação, mas quando você começa a trabalhar e monitorar, com apoio das cidades, podemos alcançar o que queremos. Em Cuiabá, Curitiba, há estádios em que há muito a ser feito”, declarou. (Reuters)