Drone é tendência em Salvador
Para quem não conhece ou nunca ouviu falar, drone (que em inglês significa zangão, zumbido, conversa mole), são aviões não-tripulado, ou Vants e que no passado era usado para ataque militar.
Dentre as inúmeras utilidades, hoje a maioria desses equipamentos são usados para fazer aeroimagens. Alguns, com formas de aviões ou helicópteros, chegam a 70 km/h, e podem carregar cerca de 4 quilos de equipamentos.
Amante do modelismo desde criança, Gabriel Fernandes viu que se especializar em drone seria uma boa “brincadeira” e uma tendência no mercado soteropolitano de fotografia aérea.
“Como sempre fui curioso na área do modelismo, primeiro me interessei pelo multi rotor (hélices), e em 2009, comecei a estudar especificamente sobre o drone. Fui desenvolvendo o conhecimento e percebi que dava para ser aplicado em fotografia aérea.”
Com as limitações das gruas e o alto custo de contratar helicópteros para fazer uma filmagem, o uso do drone está virando tendência nos eventos de Salvador. “Ainda não encontrei algo que não conseguisse fazer, já filmei evento esportivo, show, até casamento na praia.”
Gabriel conta, que, na época, mesmo com pouca experiência montou seu primeiro Vant em 4 meses. “Descobri por mim mesmo, testando, montando a eletrônica, buscando a melhor forma de voo, o tipo da câmera que usar, até chegar ao meu objetivo final. Já nesse segundo drone que estou montando, agora com mais técnica, fiz 50% do robô em menos de 24h.”
Com a disputa entre as poucas empresas de aerofilmagem com drone que existem no Brasil, Gabriel afirma que pouco se explicam em vídeo de como montar o equipamento. “Aprendi em um ano e seis meses com vídeo e leitura na internet, aliás, muito mais com a leitura.”
O modelista conta, que a vantagem de fazer seu próprio equipamento, além de um menor gasto, é adequar os equipamentos de acordo com a necessidade.
“O meu hexacóptero voa em ventos fortes, ventos fracos, locais abertos, filma em full HD, filma durante a noite e faz transmissão ao vivo. Só consegui esse objetivo por causa da montagem que fiz. Se tivesse comprado um pronto, teria algumas limitações e sairia muito mais caro”.
Para ele que montou seu próprio drone, o gasto foi em torno de R$ 15 mil, mas basta fazer uma busca em site de compras brasileiro para encontrar diversos modelos, com valores que variam de R$ 400 a R$ 120 mil.
Segundo Gabriel, a utilização dos drones só cresce em Salvador. “Quando comecei a entrar no negócio de aerofilmagem, três outros começaram também, e além desses que já são do ramo, mais três pessoas vão ingressar. Então, de alguma forma virou um grande negócio”.