ITAPARICA: O SUMIÇO DAS OPOSIÇÕES:
Na França, surgiu a postura ideológica de quem era esquerda e direita, pelo posicionamento dos grupos dos representantes do povo no plenário.
Ao longo dos tempos, por revoluções, golpes militares, ditaduras e guerras, emergiram novos conceitos ideológicos: Marxismo, comunismo, socialismo, capitalismo, Stalinismo, socialismo, franquismo, nazismo, facismo e outros, que repletam os compêndios sobre a evolução política das nações e seus povos.
De repente, no Brasil, a classe política reduziu o cabedal de teorias e conceitos, em dois únicos momentos: situação e oposição.
Ser Governo, é ser sinônimo de situação. Aqueles que são apeados do poder, formam a oposição. Mas, nem sempre sabe-se se a situação é oposição e se a recíproca verdadeira, a oposição é situação? Indaga-se.
Os idos dos anos oitenta, após a redemocratização (hic!) do Brasil, surge um novo momento: a tal governabilidade. Trazer para dentro do trem a alegria do poder, todas as matizes possíveis e todas as siglas, que possa atrair. Sucumbe os princípios ideológicos e passamos, também, a obedecer as regras do jogo, onde a soma de siglas, por exemplo, significa tempo da minha, digo, nossa, propagando eleitoral.
No início, os ditos radicais, a exemplo do PT, PC do B e PCB, com seus discursos inflamados, ficaram fora da tal governabilidade. Mas, o sistema é cíclico, gira. E girou.
Hoje, em detrimento a governança, instalou-se em nosso país, os mesmos princípios da governabilidade dos anos oitenta, outrora, com uma diferença. Os radicais de antes, ocuparam o quartel de Abrantes e tudo ficou igual, na casa da Tia Noca, como era dantes.
Pior, a moqueca de siglas, daria indigestão aos pensadores das “antigas”.
É mais ou menos assim, aqui em Itaparica. Os mesmos, as mesmas práticas e o assassinato dos princípios romanos e gregos da construção do que seja política pública em sua essência.
Inimigos de ontem, amigos de hoje. Amigos ontem, inimigos no presente. Mas, há um regime cíclico de nomes, os mesmos, a povoar a casa de Tia Noca. Coitadinha dela!
A cada quatro anos, começa a movimentação em torno das próximas eleições. Conversa em cada esquina, em cada mesa de bar, na praia, nas muvucas. Algo do tipo, hibernação de ursos ferozes. Após o rigoroso inverno, as “feras” acordam com as barrigas vazias e urros aos quatro cantos.
É chegada a primavera gente. Vamos à luta.
Articulações, traições, identificações de lideranças, fofocas, brigas, disputas e apostas.
sai mais uma pesquisa, o efeito manada em torno do primeiro lugar. É mentira. Não tem confiança o processo. Rearrumação.
É assim. E assim, caminha a nossa humanidade. Na hora do voto, os cabos eleitorais, as sacolas, as mochilas repletas de notas miúdas, entram em cena.
Sim. Em 06 horas, o resultado do pleito. Quem venceu? Os mesmo. Lógico, predominou as práticas assistencialistas, empreguismo, nepotismo, clientelismo e a compra de votos.
Os compêndios sobre política? Ah! Sim, estão nas prateleiras dos intelectuais.
O que importa são os votos. Algo do tipo Bahia 3 x Vitória 2. Viva a torcida do Bahia.
E aí, onde foi parar a oposição? Foi uma disputa entre a esquerda e direita? Um candidato era comunista e outro capitalista? Havia, um candidato que tinha um perfil socialista. Nada disso, a disputa deu-se na mesma base de governo. A tal governabilidade.
E assim, nossos ursos recolhem-se em suas florestas, hibernam e esperam a nova primavera.
É assim a nossa dita oposição, digo, base de governo, ou, não, governabilidade, quem sabe, direita e esquerda.
Nada disso, são apenas concorrentes a um pleito sem ideologia e sem compromisso com a coisa pública.
Acorda ursos!
Esse texto serve pa os vereadores, presidentes de partidos e em quem mais a carapuça cair.
Não se esqueçam que eleição tem de 4 em quatros e agora tem a PP p lembrar ao povo o que aconteceu. Portanto….. que o alerta sirva para as oposições começarem a trabalhar.(PP Sonorização)