Vereador propõe Festa dos Pescadores como bem imaterial
O vereador J. Carlos filho (PT), apresentou nesta segunda-feira (27), o projeto de lei em que sugere o tombamento da Festa dos Pescadores, realizada anualmente no dia 29 de junho, no bairro de Plataforma, como Patrimônio Cultural Imaterial da cidade de Salvador. Para isso, o Poder Executivo Municipal de Salvador procederá os registros necessários nos livros dos órgãos competentes.
Segundo o petista, a festa dos Pescadores é uma tradição com profundo teor de significado sócio cultural e religioso. “O evento busca valorizar e conscientizar o pescador da sua importância na história do Subúrbio Ferroviário. A festa impulsiona o sentimento de fraternidade da comunidade, além de contribuir para geração de emprego e renda como um segmento de turismo no local”, revelou J. Carlos Filho.
O Instituto do Patrimônio Nacional – IPHAN ao tratar do patrimônio Cultural Imaterial leciona que: “ A Unesco define como Patrimônio Cultural Imaterial as práticas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas – junto com os instrumentos objetos, artefatos e lugares culturais que lhes são associados – que as comunidades, os grupos e, em alguns casos, os indivíduos reconhecem como parte integrante de seu patrimônio cultural.”
J. Carlos Filho acredita que com a aprovação do projeto de lei, além do reconhecimento da festa, o tombamento, ocasionará um novo impulso para os festejos na localidade.
Comemoração
A festa inicia-se com a abertura do cortejo a Santa Mazorra composta por um grupo de senhoras acima de cinquenta anos que saem com apitos, pandeiros e panelas pedindo doações de alimentos. Seguindo a tradição de aproximadamente um século, as senhoras preparam um cozinhado com alimentos arrecadados no final da tarde e distribuem o excedente em cestas para pessoas carentes. E dentro da programação tem barracas com comidas típicas, artesanatos, apresentações musicais, missa, procissão marítima e terrestre, competições de remo, natação e corridas de barco a pano, somando a presença de sanfoneiros, caipiras e a alegria e satisfação da população.
Por Vânia Silva
