Tesouro pode pagar a conta da energia térmica
O Tesouro Nacional garantiu a redução média de 18% nas contas de luz dos consumidores residenciais e de 32% para as indústrias. Agora, o governo quer utilizar novamente os recursos do Tesouro para cobrir o impacto financeiro do custo adicional da energia das termelétricas, garantindo que essas despesas não cheguem às tarifas dos consumidores e à inflação.
“O Ministério de Minas e Energia já estuda esse assunto tem uma semana junto com a Secretaria do Tesouro Nacional e nós esperamos que até a próxima segunda-feira nós possamos ter uma definição para esse caso”, disse o ministro Edison Lobão.
Se o Tesouro absorver o custo das térmicas, os reajustes das tarifas das distribuidoras de energia e seu impacto na inflação seriam atenuados neste ano e, principalmente, em 2014. Além disso, o uso do Tesouro também anularia o comprometimento do fluxo de caixa das distribuidoras de energia, que pagam pela geração termelétrica e são ressarcidas apenas depois, na ocasião do reajuste anual tarifário.
A Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee) estima que a conta pelo uso das térmicas de outubro passado a janeiro deste ano já totalizou cerca de 4 bilhões de reais – sendo 1,5 bilhão de reais apenas no mês passado.
Somente em 2013, o Tesouro deverá desembolsar cerca de 8,5 bilhões de reais para compensar a desoneração de praticamente todos os encargos dos setor elétrico e a não adesão de hidrelétricas de Cemig, Cesp e Copel à renovação das concessões.
Quase a totalidade da capacidade de geração térmica de energia no Brasil está sendo usada diante do baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas.
(Veja)