Bahia tem melhor desempenho na geração de empregos no Nordeste
Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho, nesta terça-feira (24). revelam que a criação de empregos formais no Brasil caiu 25,9% no primeiro semestre de 2012, em comparação com o mesmo período de 2011. O percentual corresponde a cerca de 366 mil novas vagas a menos no mercado de trabalho.
No mesmo período do ano passado, as vagas com carteira assinada somaram 1,4 milhão, acompanhando o pico de 2010, quando foram criados 1,6 milhão de empregos formais. Em 2012, foram pouco mais de 1 milhão de novas vagas.
Na Bahia, foram criados 30.334 novos postos no semestre, o que representa saldo positivo de 1,82%, colocando o estado com o melhor desempenho absoluto da Região Nordeste – o maior saldo de emprego no acumulado do ano -, segundo análise da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais (SEI), órgão da Secretaria do Planejamento (Seplan).
O interior do estado contribuiu com maior número de postos de trabalho, especialmente nos setores da agropecuária (+871 postos) e indústria de transformação (+597 postos).
A Regiaão Metropolitana de Salvador (RMS) apresentou saldo negativo, com o fechamento de 1.810 postos de trabalho somente em junho, quando foram geradas 2.051 novas vagas no interior. A maior retração na geração de emprego se deu na construção civil (-952 postos), serviços (-499 postos) e administração pública (-155 postos).
Ao todo, as vagas abertas no interior correspondem a 77,9% de todas o postos do estado, o equivalente a 23.631 novos postos. A RMS criou 6.703 empregos com carteiras assinadas, o que representa 22,1% das vagas do setor privado.
Na avaliação do secretário Sérgio Gabrielli, do Planejamento, esse resultado indica uma contínua descentralização da atividade econômica no estado. O interior, com destaque para Feira de Santana e Vitória da Conquista, está gerando mais postos de trabalho do que a RMS.
De acordo com a Confederação Naciona da Indíústria (CNI), a produção da indústria teve desempenho negativo no fechamento do segundo trimestre do ano, em junho. Todos os indicadores ficaram abaixo dos 50 pontos, o que mostra resultados “ruins.
A CNI divulgou nesta terça-feira (24) o boletim Sondagem Indústrial, que mostra tendência de queda “maior ainda” na produção industrial nos próximos meses, em vista do desaquecimento da atividade. Há redução no nível de empregos e elevação no volume de estoques, especialmente nas grandes empresas.
A indústria registra aumento de custo nas matérias-primas e elevação da inadimplência, além de escassez de crédito. Entre as pequenas e médias empresas, houve queda acentuada do capital de giro, necessário para a continuidade da produção.
No fechamento do segundo trimestre, a produção industrial marcou 45,5 pontos contra 54,6 em março, fim do primeiro trimestre. A evolução no número de empregos registrou 47,2 pontos contra 49,5 pontos em março – quando a oferta era maior nos três primeiros meses do ano.
O setor automotivo foi o que registrou maior queda na produção e no emprego, de maio para junho, com indicadores entre 36,8 e 40,7 pontos respectivamente. Os estoques aumentaram para 59,7 pontos contra 55,8 pontos em relação ao mês anterior. A entidade vê o primeiro semestre do ano como “perdido”. ( Ministério do Trabalho, Estadão e Agência Brasil)